Argentina não deve romper com Mercosul, avaliam empresários brasileiros

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Apesar das incertezas que acompanham a eleição do libertário Javier Milei como presidente da Argentina, representantes de diversos setores da economia brasileira não acreditam numa ruptura, como o político defendeu durante sua campanha. O Brasil e o Mercosul são muito importantes para a Argentina. Por isso, a possibilidade de saída do acordo é vista com ceticismo. As exportações e importações entre os dois países movimentam cerca de US$ 30 bilhões por ano, e o Brasil é o segundo maior parceiro da Argentina, atrás apenas da China. “Não acho que a Argentina sairá do Mercosul. Mesmo tendo a China como principal parceira comercial, o país vizinho precisa dos países da América do Sul que integram o bloco”, diz o presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro. Para Fernando Pimentel, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, é cedo para prever o que pode acontecer, mas ele não acredita em ruptura. “Governar é diferente de fazer campanha. Acho difícil ter um rompimento com o Mercosul, apesar de suas imperfeições. E é preciso finalizar o acordo com a União Europeia. Brasil e Argentina estão muito conectados comercialmente”, diz. “Caso ocorra uma ruptura do bloco, teremos um problema mais grave, já que o calçado brasileiro, que hoje entra com tarifa zero, teria uma taxa de 35% para entrar no país vizinho”, explica Haroldo Ferreira, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados. (Globo)

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