Itamaraty vê Milei muito próximo aos EUA e quer Alckmin na posse

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Nas primeiras horas após a vitória de Javier Milei, ficou claro que seu governo, já de início, vai focar nos Estados Unidos, conforme percepção de diplomatas brasileiros ouvidos pela CNN Brasil. A aproximação com os EUA é necessária para buscar condições econômicas para o novo governo. Milei deve visitar o país antes mesmo da posse, em 10 de dezembro, para evitar um calote. Os EUA são os principais sócios do Fundo Monetário Internacional (FMI), que emprestou US$ 44 bilhões à Argentina. Os diplomatas também indicaram que o governo brasileiro deve enviar o vice-presidente Geraldo Alckmin à cerimônia de posse na Argentina. Além de ser um nome de ponta, discreto e praticamente desconhecido do público argentino — um dos receios do entorno de Lula são vaias de apoiadores de Milei—, Alckmin não é propriamente um político de esquerda. Para os diplomatas, o momento é de “acomodação” e espera dos nomes dos ministros. Já o convite feito por Milei para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vá à posse foi visto como um indicativo de que não haverá pragmatismo na política externa argentina. Espera-se, no entanto, que a ala pragmática da coalizão de Milei, representada pelo grupo do ex-presidente argentino Mauricio Macri, possa ser atuante em setores estratégicos, como economia e política externa. (CNN Brasil)

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