Intenso calor pressiona alta nos preços dos alimentos até meados de 2024
Economistas projetam que os eventos climáticos recentes, como as ondas de calor no Centro-Oeste e as chuvas abundantes no Sul, devem impactar os preços dos alimentos no final deste ano e nos primeiros meses de 2024. Esses efeitos já são observados nos valores de produtos in natura, como hortaliças e tubérculos, e devem impedir a redução nos preços dos alimentos ao longo do ano. O coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, André Braz, em entrevista ao jornal O Globo, estima que a inflação de alimentos em domicílio encerre o ano com uma queda de 2,5%, mas prevê um aumento de 3,9% em 2024, principalmente no primeiro trimestre, devido aos possíveis impactos do El Niño nas safras de 2023 e 2024.
A onda de calor já levou comerciantes a adotarem estratégias para reduzir perdas com alimentos, como proteger produtos do sol, transportá-los apenas de madrugada e reforçar a refrigeração nos supermercados. No entanto, as perdas já resultam em aumentos nos preços, como observado na Ceasa-RJ, onde comerciantes relatam alguns exemplos. A caixa de bananas, que custava R$ 60 em algumas bancas, agora sai por R$ 100. Já quatro caixinhas de morango, que até a semana passada eram vendidas por R$ 12, já custam R$ 20. (Globo)