Edição de Sábado: Imprensa e Democracia

No último dia 11, em depoimento à CPMI das Fake News, Hans River, ex-funcionário de uma empresa de disparos massivos por WhatsApp, desferiu um dos mais grotescos ataques à imprensa do período bolsonarista. River forneceu documentos e informações que a repórter Patrícia Campos Mello utilizou em uma de suas matérias sobre a influência do app no processo eleitoral. Mas ele negou ter dado informações. “Deixei claro que não fazia parte do meu interesse”, afirmou, “a pessoa querer um determinado tipo de matéria a troco de sexo.” O deputado federal Eduardo Bolsonaro, terceiro filho do presidente, fez questão de destacar a acusação. “Não duvido que a jornalista da Folha possa ter se insinuado sexualmente em troca de informações para tentar prejudicar a campanha do presidente Jair Bolsonaro.” O ataque torpe, rapidamente desmentido com a publicação pelo jornal das conversas da jornalista e sua fonte, faz parte de uma escalada de ofensivas contra a imprensa. Mas este não é um problema que começou após a eleição de Bolsonaro, tampouco é isolado no Brasil. Faz parte de um pacote: as inúmeras pressões que as instituições da democracia vêm sofrendo. Porque, mesmo não fazendo parte do Estado, mesmo sem qualquer relação com o governo, é isto que a imprensa é. Uma instituição da democracia — uma peça sem a qual ela não funciona.

O que chamamos de Democracia Liberal é, na verdade, o encontro de duas ideias quase antagônicas. Democracia, afinal, é aquele regime nascido na Atenas de Péricles — o ‘poder do povo’. Liberalismo, por outro lado, é a ideologia dos filósofos iluministas, uma defesa de que o governante não pode violar os direitos do indivíduo. Um defende dar poder à maioria. O outro, garantir que nenhum poder possa tirar autonomia do indivíduo. Os dois puderam se encontrar por conta de um terceiro conceito — o de República. Na democracia original, as decisões eram tomadas diretamente pelos eleitores, convocados à Ágora. Numa república, e isto é desde Roma, são os representantes dos cidadãos que governam. Não seria viável, num território muito grande, conceber uma democracia direta como a da Antiguidade. Mas uma democracia indireta, na qual a população vota e escolhe representantes para que exerçam as funções de governo, é possível. Repúblicas não precisam ser democráticas — basta que a escolha dos representantes não nasça do voto. Numa República Democrática, portanto, o voto dos cidadãos elege representantes que governam. E, para que este governo não se convertesse em uma ditadura da maioria, uma série de instrumentos foram criados. É onde entra o liberalismo — a maioria elege o governante, mas não importa o que deseje a maioria, os direitos de cada indivíduo são intocáveis.

Não costumamos refletir sobre este sistema — sobre como o que hoje chamamos de Democracia é, na verdade, o encontro destes três conceitos distintos. Pois não foi, este encontro, fruto do insight de um único pensador. É a evolução ao longo de dois ou três séculos de uma ideia que nasce no Iluminismo. E o fato de que nasceu no Iluminismo tinge a maneira pela qual o sistema foi desenhado.

Autores diversos põem o nascimento do Iluminismo em momentos distintos entre o final do século 17 e o início do 18. Não importa: importa que fundou o tempo em que vivemos. É aquele momento pós-Renascença e Descobrimentos no qual o mundo ficou mais vasto, a distribuição de livros e panfletos impressos se tornou coisa comum, e a compreensão de que a humanidade havia criado muitos tipos diferentes de sociedades ficou clara. Tudo contribuiu, em essência, para um movimento que propunha colocar o conhecimento à frente de outros valores. É quando a religião sai de um espaço de influência pública e se muda para a esfera privada. É quando ciência começa a ser sistematizada. Universidades se espalham, espaço para debates francos são criados, e todo processo desemboca nas revoluções Americana e Francesa. As revoluções liberais.

O debate sobre a natureza da democracia foi intenso entre os filósofos iluministas. Todos, evidentemente liberais, tinham muito receio das consequências de um regime democrático. Afinal, os riscos já eram conhecidos. Um líder populista ou demagógico, com sua habilidade de manipulação dos anseios do povo, poderia levar a regimes de opressão contra certas minorias. A Constituição é uma das instituições da Democracia Liberal. Ali estão garantidos os direitos individuais que, não importa o que deseja a maioria, não podem ser violados. A divisão em três poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário — é outro dos sistemas que evita concentrar na mão de qualquer um que seja poder demais. Mas uma sociedade liberal-democrática, como imaginada por seus criadores, não seria formada apenas pelos conjuntos de instrumentos de governo. O credo Iluminista se baseava em conhecimento. Numa honesta busca pelo que é a verdade. Ora: é o Iluminismo que põe num pedestal o método científico.

Numa Democracia Liberal, a Constituição garante os direitos de cada pessoa. Os três poderes, agindo independentemente uns dos outros, forçam com que o poder seja repartido. Em paralelo às instituições de governo, a sociedade dará forma a outras instituições, que geram conhecimento. Economistas. Médicos. Cientistas de todas as áreas. E a imprensa. Funciona — mas é um pacto. Porque exige um esforço de cidadania: o de permitir que o conhecimento especializado influencie nas decisões.

O ataque à imprensa não vem sozinho. Porque é um ataque sistematizado a todas as instituições da sociedade que produzem o tipo de conhecimento especializado que dá racionalidade ao regime. Daí são ataques à ciência — mais notório no problema das mudanças climáticas. À medicina, como no caso dos levantes contra vacinação.

É uma forma de romper a democracia por dentro. Quando se põe em dúvida todas as fontes de conhecimento, governantes populistas e demagogos se livram dos instrumentos que impõem racionalidade ao cuidado da coisa pública.

A imprensa profissional nasce com a Democracia Liberal, mas não nasceu como é hoje. Em sua origem, se parecia mais com redes sociais. Os jornais serviam de espaço ao debate político, não tanto a dar notícias. Num tempo sem rádio, TV ou internet, os jornais eram o espaço onde os argumentos se desenhavam perante o olhar do público. Muitas vezes, se pareciam mesmo com redes sociais, com debates virulentos. Ao longo do século 19, mais e mais espaço foi sendo aberto ao que chamamos de noticiário. Mas, em quase todas as democracias nascentes, estes ainda eram jornais partidarizados. É só no início do século 20 que isto começou a mudar.

A imprensa moderna, assim como o conceito de isenção jornalística, surge com as metrópoles. Quando a maioria vivia em pequenas cidades, as informações sobre a comunidade eram transmitidas pelo boca a boca. Mas as cidades com mais de um milhão de habitantes, que vão se multiplicando nas primeiras décadas do novecentismo, geram para os muitos que haviam acabado de fazer o êxodo rural um espaço inicialmente agressivo. A ideia de viver num prédio no qual mal se conhecem os vizinhos era muito nova para a humanidade.

Compreender-se como parte de uma comunidade exige que um grupo de pessoas tenha histórias comuns que todos compartilham. Numa vila, é simples. Numa metrópole, não. Espontaneamente, e simultaneamente, editores de jornais em todas as grandes cidades percebem que há valor em prover este serviço. O de contar as histórias da cidade. E é justamente porque estas grandes cidades têm populações muito diversas que a lógica de uma imprensa que não abraça nenhum grupo político passa a fazer sentido. Claro: o público leitor possível se amplia. Jornais passam a ter grandes tiragens pois falam com todo mundo. E a comunidade, mesmo que reunindo uma quantidade de humanos como jamais houve antes, encontra um lugar onde compartilha histórias em comum.

Um dos conceitos do Liberalismo é este de que, ali entre oferta de um produto e demanda por este, a sociedade tende a encontrar equilíbrios. Foi o fato de que havia demanda por uma imprensa apartidária que criou a oferta. A partir dos anos 1930, a divisão entre países com regimes autoritários e os que mantinham uma Democracia Liberal fica óbvio pela imprensa. Nos de regime autoritário, a imprensa era partidarizada. Nas democracias, o esforço pela isenção se dava. Em contrapartida, o haver de um jornalismo que buscava distância dos grupos na disputa política produzia democracias mais sólidas. Cidadãos melhor informados votavam melhor.

Nos mercados de democracias maduras, nas últimas décadas do século 20, havia uma ampla oferta de veículos de imprensa. Os grandes produzindo um jornalismo apartidário, mas também inúmeros veículos de nicho dando espaço aos diversos pontos de vista ideológicos. Com a queda do Muro de Berlim, naquele momento em que por um instante pareceu que a Democracia Liberal se espalharia pelo mundo como sistema ideal de governo, tudo parecia encaminhado para funcionar.

O que aprendemos ao longo da experiência democrática, que já tem por volta de dois séculos e meio desde as décadas de 1770 e 1780, é que este sistema é um pacto. Exige uma sociedade que o queira, que o celebre, e que o preserve. Isto inclui preservar certos princípios do Iluminismo como o da busca da verdade. Buscar a verdade não é o mesmo que encontra-la. A busca é uma constante aproximação, a busca nunca termina. Mas ela é ativa, é uma ação. Parte desta ação está no cuidado que a sociedade tem com as instituições que trazem conhecimento e informação.

O problema não é só brasileiro: o pacto está pressionado. Pode ser recuperado.

A história não contada da música negra de Chicago

Chicago é um caldeirão de culturas. De meca do Blues e Jazz a berço do House, a cidade sempre teve uma cena musical bastante movimentada. Terra de músicos como Muddy Watters, Nat King Cole e Quincy Jones, Chicago é rica em histórias de sua música. Como fevereiro é o mês da história negra, o produtor musical Vince Lawrence, um dos pioneiros do House, produziu, junto de uma agência local, o #312 Soul. Uma coletânea digital que está contando parte da história da música negra da cidade. Como Lawrence considera que o período do Blues já está bem documentado, resolveu focar no período entre 1955 e 1990. Do soul ao house. Fugindo das histórias óbvias e contando a história de personagens menos conhecidos, mas cujas raízes influenciaram incontáveis outras gerações de músicos.

Os dois primeiros capítulos já estão no ar. O primeiro, entre 1955 e 1966, sobre as origens do gospel no Soul de Chicago. E o segundo, entre 1967 e 1975, sobre como o Soul começou a evoluir a partir daí. Os outros dois: 1976-1983 – O Alvorecer da Disco e do Funk e 1984-1990 – Onde o House foi criado, serão publicados nas próximas duas semanas.

O nascimento do Soul de Chicago: “Na virada dos anos 50 para 60, o blues de Chicago estava se misturando com o gospel e o jazz. Já era algo completamente diferente do que estava sendo tocado em Detroit ou Memphis. Era o Soul de Chicago, e deu ao mundo toda uma nova geração de música. Mas tinha uma cantora que se destacava. Diziam que sua voz podia derreter como açúcar na boca ou arder como o sal em uma ferida. E ela soltava seu coração em clássicos como ‘All I could do was cry’ e ‘At last’. Seu nome era Etta James.”

Explore o capítulo, com texto, fotos, samples e clipes. Ou, se preferir, ouça direto a playlist do período.

A evolução do Soul: “Os anos 60 foram uma década em que os Afro-Americanos se viram lutando pela igualdade de direitos. Uma revolução estava acontecendo, e os músicos negros de Chicago canalizaram esse momento para criar uma nova forma de música. Essa geração estava constantemente inovando. Curtis Mayfield já era um artista famoso e, junto de Eddie Thomas, fundaram a Curtom Records, seu primeiro disco. Curtis se tornou um clássico do som soul de Chicago. Enquanto isso, em outra gravadora, Tom Washington fazia o arranjo da que viria a ser uma das mais conhecidas músicas da época: Are you my woman? (Tell me so), dos Chi-Lites, que veio a ser sampleada em Crazy in love, de Beyoncé. Como arranjador, Wahington pregava uma presença forte dos instrumentos. Aqueles naipes de sopro que parecem estar quase cantando se tornaram um clássico do som de Chicago. Eles estavam criando um som que tinha mais camadas e era mais versátil do que o que se estava fazendo em outras cidades.”

Explore o capítulo, ou ouça a playlist.

O que um artista pode fazer em tempos sombrios?

O que um artista pode fazer em tempos sombrios? Paul Scraton escreveu sobre a vida e o legado de Käthe Kollwitz, importante desenhista, pintora, gravurista e escultora alemã, cuja obra reflete uma eloquente visão das condições humanas na primeira metade do século XX.

“Em uma manhã de domingo de janeiro, a caminho de visitar o túmulo da artista Käthe Kollwitz, passei pelas pessoas que haviam se reunido no Memorial para os socialistas no cemitério Friedrichsfelde, no leste de Berlim. Elas vieram, como todos os anos, para deixar cravos vermelhos nos túmulos de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, além de outros membros do movimento socialista alemão que foram enterrados lá. Bandeiras vermelhas tremulavam contra um céu claro de inverno. Bandas de música tocavam hinos de esquerda. Apoiadores de diferentes partidos, movimentos e facções distribuíam jornais e pediam assinaturas. A polícia estava em pequenos grupos, com capacetes, observando a cena. De onde as pessoas se reuniram na entrada do cemitério, e no próprio Memorial, foi uma curta caminhada até o túmulo de Kollwitz. Eu tinha a esquina do cemitério praticamente para mim. A peça central do Memorial aos Socialistas diz Die Toten mahnen uns . Os mortos nos lembram. O túmulo de Käthe Kollwitz não faz tal afirmação. Mas, ao colocar uma pequena pedra na lápide, não pude deixar de pensar que talvez devesse. Käthe Kollwitz morreu há quase 75 anos, apenas algumas semanas antes do final da Segunda Guerra Mundial. Décadas depois e seu trabalho continua nos lembrando das histórias do passado e do que ela testemunhou. Em suas gravuras e esculturas, Kollwitz continua nos lembrando o que significa ser artista, das possibilidades da arte nos tempos mais preocupantes. Foi por isso que, naquela clara e fria manhã de domingo, eu estava lá.”

O artigo completo.

Beethoven 250: a playlist

Beethoven 250. Em 2020 celebramos o aniversário de 250 anos de Ludwig van Beethoven. Ao longo do ano, ouviremos um número muito significativo de homenagens, mais do que merecida, à sua obra. Pioneiro do movimento romântico, Beethoven é considerado um revolucionário musical, com canções que possuem caráter narrativo. Uma playlist cujo nome, conforme anuncia a nota, já diz tudo: Beethoven 250.

Semana de moda e sustentabilidade

A temporada das Semanas de Moda começou. Esta semana foi em Nova York. Em seguida será em Londres, Milão e Paris. Chamadas de big four, elas representam as principais cidades quando o assunto é moda. O fenômeno se espalhou mundialmente. E atualmente acontece duas vezes ao ano em várias capitais, como Berlim, Tóquio e São Paulo. Mas é exatamente por causa do tamanho do evento que o seu modelo está sendo questionado e debatido. Sustentabilidade: pela primeira vez, é possível ter ideia do impacto das Fashion Weeks no meio ambiente.

De acordo com um relatório, as viagens realizadas por compradores e marcas para participar apenas das quatro principais semanas da moda geraram 241 mil toneladas de CO2 por ano. Esse número é equivalente às emissões anuais de um país pequeno, ou à energia suficiente para iluminar a Times Square por 58 anos. Para ter uma ideia, a pegada de carbono de um varejista durante essas temporadas é duas vezes a de um cidadão global médio. Nova York reduziu sua Semana de Moda de oito para cinco dias. Estocolmo cancelou por completo a sua Fashion Week.

Mas esses eventos ainda são muito lucrativos para a alta costura. Muitas grifes têm adotado o modelo veja agora, compre agora, que permite que o cliente compre online logo depois do desfile. A estratégia é para competir com os fast fashion, como Zara, que lançam coleções inspiradas nas semanas da moda. Além disso, esses eventos, por si, só fazem sucesso. Na era das redes sociais e blogueiras, na temporada passada, a Paris Fashion Week lucrou US$ 129 milhões com mídia e teve engajamento de 42,2 milhões de pessoas. Pra isso, as grifes vão além para criar shows exuberantes, feitos para serem compartilhados online. A Saint Laurent, por exemplo, realizou ano passado um desfile à beira-mar em Malibu que violou uma série de regulamentações ambientais.

Algumas marcas estão atentas e têm tentado mudar. Na última temporada, a tendência foi realizar desfiles neutros em carbono. Burberry e Gucci foram algumas que entraram na onda. A Fashion Week de Copenhagen lançou este ano um conjunto de 17 regras para determinar se uma marca é sustentável o suficiente para participar do evento.

A solução ainda não é clara. Uns defendem que o cronograma das temporadas fiquem mais curtos. Outros querem novos modelos antes que os desfiles se tornem irrelevantes por completo para as gerações cada vez mais engajadas com pautas ambientais.

Mas... as Semanas da Moda são só parte de um problema maior. A indústria da moda é responsável por cerca de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa. Se esse número continuar crescendo nas taxas atuais, a moda poderá usar mais de um quarto do orçamento anual de carbono do mundo até 2050, segundo a ONU. A poluição ambiental e o esgotamento de recursos naturais são alguns dos problemas causados pela indústria têxtil e do vestuário, que é a segunda mais poluente, atrás apenas da do petróleo.

Curiosidade sobre a semana de moda. Ela começou a dar os primeiro sinais com o estilista Charles Frederick Worth, em 1850. Foi o primeiro a apresentar suas produções em modelos reais e não em manequins. A ideia começou a ser adotada por lojas de departamento e se popularizou nos EUA. Depois da 2ª Guerra Mundial, foi criada a New York Press Week, que convidou jornalistas para divulgar os desfiles. O sucesso foi tão grande que se espalhou pela Europa e depois para outras partes do mundo, ficando conhecida como a Semana de Moda.

Em fotos, a história das Semanas da Moda. E os principais desfiles da Fashion Week de Nova York deste ano.

As fotos da semana no mundo

As melhores fotos, mas não tão "boas" assim, da semana. As chuvas no sudeste da Austrália, a primária de New Hampshire, o 92º Oscar em Hollywood, o coronavírus na China, as árvores geladas no Maine, Makha Bucha na Tailândia e outras imagens que marcaram os últimos dias no mundo.

Fechando mais uma edição, os mais clicados da semana:

1. BBC: As imagens vencedoras do concurso fotógrafo de paisagem do ano.

2. UOL: A chuva que parou São Paulo essa semana.

3. Folha: 'Em algum momento, veremos a globalização da maconha', diz czar de canabis em Los Angeles.

4. Rolling Stone: 13 curiosidades sobre Parasita, o vencedor do Oscar de melhor filme.

5. Youtube: E o Tesla Cybertruck foi parar no De Volta para o Futuro.

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