Edição de Sábado: Para mulheres, o espaço começa a se ampliar

Amanhã é o dia internacional da mulher. E mudanças estão acontecendo. Lentamente, mas estão. Mulheres em cargos de liderança ainda são poucas — apenas 5% dos CEOs das principais empresas dos EUA são mulheres — mas há razões para otimismo. Desde 2015, o número de mulheres em posições de liderança aumentou de 17% para 21% no nível de gerência. Atualmente, 44% das empresas têm três ou mais mulheres em posições estratégicas, contra 29% das empresas em 2015. Os EUA pontuam abaixo que França ou Noruega, onde as empresas têm em média mais de 40% de representação feminina em um conselho de administração.

E não se trata de favor. Diversidade na liderança é boa para os negócios. Um relatório da Harvard Business School sobre o setor de capital de risco, dominado por homens, identificou que “quanto mais os investidores se parecem, menor o desempenho de seus investimentos”. De fato, as empresas que aumentaram em 10% a proporção de contratadas tiveram, em média, um aumento de 1,5% no retorno geral dos fundos a cada ano com saídas 9,7% mais lucrativas.

Apesar dos números e do fato de que os computadores são andróginos por natureza, o setor da tecnologia é um que permanece fortemente dominado pelos homens. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o que impede a redução da diferença de gênero econômica é a sub-representação das mulheres em papéis emergentes. Na computação em nuvem, apenas 12% dos profissionais são mulheres; em engenharia de dados e inteligência artificial, os números são 15% e 26%, respectivamente. “A menos que o setor possa equilibrar esses números, tornando os papéis atraentes para as mulheres, o potencial da Quarta Revolução Industrial pode ser perdido”. Pesquisas da Deloitte sugerem que empresas com uma cultura inclusiva têm seis vezes mais chances de serem inovadoras. Ao ficarem à frente das mudanças, elas têm duas vezes mais chances de atingir ou melhorar metas financeiras. Isso significa fornecer mentoras e modelos, demonstrando confiança (em vez de falar sobre isso), criando um ambiente que incentiva a colaboração, usando a tecnologia para quebrar barreiras e buscar abertamente a inovação. Segundo o relatório do WEF, as mulheres não só podem, como devem liderar o setor. “Marcas que se apegam às estruturas antigas serão superadas e deixadas para trás. É quando a capacidade das mulheres de ter empatia e buscar compromissos se tornam um ativo poderoso. Se a tecnologia deve servir toda a humanidade, as grandes decisões precisam ser tomadas de uma perspectiva equilibrada.” Alguma dúvida?

Algumas histórias - dia internacional da mulher

Mossoró, Rio Grande do Norte, 25 de novembro de 1927. Foi no Nordeste que aconteceu a primeira concessão de voto à mulher no país. Entrava em vigor a lei eleitoral que determinava, em seu artigo 17, que no estado poderiam “votar e ser votados, sem distinção de sexos”, todos os cidadãos que reunissem as condições exigidas pela lei. Foi, então, o estado pioneiro no reconhecimento do voto feminino. Com a lei, 20 mulheres se inscreveram como eleitoras no ano seguinte. Entre elas estava Celina Guimarães Viana, a primeira brasileira a ter o direito de voto. Na foto que registra o momento, Celina sorri enquanto deposita na urna a cédula. Cercada por homens. Informação importante, mas nada surpreendente: os votos foram invalidados. Mas era um caminho sem volta. Celina mudou-se com o marido para Teófilo Otoni, em Minas Gerais, e, depois, para Belo Horizonte, onde poucos sabiam de seu pioneirismo. Ela morreu aos 81 anos, na casa mineira que resiste ao tempo.

Foi somente em 24 de fevereiro de 1932, pelo então Presidente Getúlio Vargas, que a instituição do voto feminino se deu no Brasil a partir de uma reforma no Código Eleitoral, com a assinatura do Decreto-Lei 21.076. Mas somente às mulheres casadas, viúvas ou solteiras que tivessem renda própria. Em 1934, foi anunciado o princípio da igualdade entre os sexos e foram proibidas diferenças salariais por motivo de gênero.

Mas a luta pelo voto feminino no Brasil começou antes, em 1910, quando a professora Deolinda Daltro fundou, no Rio de Janeiro, o Partido Republicado Feminino. As manifestações mais contundentes só ocorreram em 1919, quando a bióloga Bertha Lutz fundou a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher.

Nos registros históricos brasileiros, há uma mulher que conseguiu o alistamento eleitoral logo após a proclamação da República. Ela invocou a ‘Lei Saraiva’, promulgada em 1881, que determinava direito de voto a qualquer cidadão que tivesse uma renda mínima de 2 mil réis.

Parece tarde, este movimento, mas em comparação com outros países o Brasil pode ser considerado pioneiro. Argentina e França só o fizeram na década de 1940, e Portugal e Suíça, na década de 1970. Nova Zelândia, no entanto, instituiu o voto feminino em 1893.

Aliás... Foi também o Rio Grande do Norte que elegeu a primeira prefeita do Brasil. Em 1929, Alzira Soriano foi escolhida para governar a cidade de Lages.

Mulher Eleitora

Mulher Eleitora, Carlos Drummond de Andrade:

Mietta Santiago
loura poeta bacharel
Conquista, por sentença de Juiz,
direito de votar e ser votada
para vereador, deputado, senador,
e até Presidente da República,
Mulher votando?
Mulher, quem sabe, Chefe da Nação?
O escândalo abafa a Mantiqueira,
faz tremerem os trilhos da Central
e acende no Bairro dos Funcionários,
melhor: na cidade inteira funcionária,
a suspeita de que Minas endoidece,
já endoideceu: o mundo acaba.

Mulheres negras e documentário sobre Hillary

Para refletir... Segundo a Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE, 25% de toda a população está abaixo da linha da pobreza. Para mulheres brancas e com filhos, a proporção de casas abaixo da linha da pobreza é de 39,6%. Se a mulher com filhos é negra, estão abaixo da linha 63% das casas. O índice representa mais do que o dobro de pontos percentuais se comparado à média nacional, que já é alarmante. Para André Simões, gerente da pesquisa documentada pelo site Gênero e Número, os dados desagregados por gênero e raça expõem ainda mais a vulnerabilidade de grupos como o de mulheres negras, e a intenção ao sistematizá-los é fazer com que outros pesquisadores se debrucem sobre o tema e aprofundem o estudo das desigualdades. “Ainda que nos últimos anos tenha havido um avanço, uma inclusão maior, principalmente na questão de educação, há uma desigualdade grande. E a população de cor preta ou parda é mais vulnerável quando comparamos todos os temas”, analisa.

> Nas últimas eleições municipais (2016), os brasileiros elegeram apenas 640 mulheres para comandarem prefeituras, e destas, tão somente 1,6% se autodeclararam pretas. São dez mulheres administrando cidades nas cinco regiões do Brasil e, apesar de terem na média escolaridade superior aos homens, costumam governar municípios menores e mais pobres.

> Foram eleitas 7 senadoras, elevando o número na Casa para doze parlamentares. Já na Câmara, foram eleitas 77 deputadas federais. Entre os homens, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) foi o mais votado do país com 1.843.735 votos. Já as votações mais expressivas de mulheres foram da deputada federal Joice Hasselmann, com 1.078.666 votos, e da deputada estadual Janaína Paschoal, com 2.060.786, ambas do PSL/SP. No Senado, houve parlamentares que alcançaram quase 700 mil votos, caso da juíza Selma (PSL/MT). Todas as informações são de um estudo feito pelo Instituto Alzira, organização sem fins lucrativos com a missão de contribuir para o aumento da representação feminina na política.

 

A vida de Hillary

É difícil, talvez impossível, uma avaliação clara da vida de Hillary Clinton. Seu status como uma das figuras políticas mais visíveis dos EUA tem sido tão polarizado, suas controvérsias tão incansavelmente discutidas, sua ‘simpatia’ tão exaustivamente avaliada, que não parece haver muito espaço para outra reformulação. Mas Hillary, uma série documental de quatro horas disponível no Hulu, lança um olhar sobre sua vida e carreira, revisita escândalos do passado com franqueza, e revela sua personalidade a partir de pessoas próximas. Como primeira-dama, senadora por Nova York, secretária de Estado e primeira candidata à presidência de um grande partido, Clinton foi venerada e insultada, criticada por ser radical demais e não radical o suficiente, anunciada como pioneira feminista e odiada como emblema do establishment democrata. Hillary toma o status de Clinton como uma espécie de teste político de Rorschach, como sua questão fundamental. “O mais interessante para mim, e a tese disso, é o fato de ela causar tanta polarização”, refletiu a diretora Nanette Burstein, falando ao Guardian.

Trabalhando com os arquivos pessoais de Clinton e dezenas de horas de entrevistas com amigos, colegas (Barack Obama faz uma breve aparição), funcionários e familiares, incluindo o marido Bill e a filha Chelsea, Burstein trabalha para desmitificar a personalidade pública. Ao longo de quatro episódios, a série traça o arco da vida da ex-secretária de Estado, desde a menina de uma família republicana do Meio-Oeste até seu lado feminista revelado em Wellesley. Naquela universidade, o discurso de formatura que fez para sua turma de 1969 valeu destaque na revista Life; seu tempo trabalhando como advogada na equipe de impeachment de Richard Nixon e o estudo na Yale Law; seu romance com Bill e a decisão de seguir seu coração para o Arkansas; a equipe de Clintons passa para o governo do Arkansas e a Casa Branca, onde Hillary liderou a reforma da saúde, que foi condenada, em parte, pelos escândalos de seu marido e pela desconfiança do público de uma primeira-dama muito exigente. Um documentário essencial.

O Hulu, ao menos por enquanto, não existe no Brasil. Assista ao trailer.

Listas de mulheres de destaque

Por 72 anos, a revista Time escolheu o Homem do Ano. Só em 1999 mudou o título para Pessoa do Ano. Mas, com raras exceções, a prática de destacar uma figura masculina continuou. Este ano, para o mês do Dia Internacional da Mulher, a publicação decidiu escolher as 100 mulheres, desde 1920 até hoje, que se sobressaíram, mas não receberam o devido reconhecimento. A lista é um passeio pela história: passa por nomes como as Sufragistas, Frida Kahlo, Eva Perón, Marilyn Monroe, Angela Davis, Madonna e Malala. E como de praxe, cada uma recebeu um perfil. Também escrito por mulheres.

Por aqui, a Forbes Brasil fez uma lista das 20 mulheres mais poderosas. Alguns nomes de destaque são: Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, Maria Cristina Peduzzi, presidente do TST, e a cantora Anitta. Confira.

Também em comemoração ao mês da mulher, o YouTube está lançando a série Fundamental. Os cinco episódios, publicados a cada semana, contarão histórias de líderes ao redor do mundo, do Líbano ao Brasil, lutando pelos direitos das mulheres. O primeiro já está disponível.

Durante este mês, a Apple também vai disponibilizar mais de cinco mil conteúdos feitos por mulheres, em todas as suas plataformas App Store, Apple TV, Apple Podcasts, Apple Books e Apple Watch.

Mulheres pioneiras do jornalismo

E as mulheres pioneiras do fotojornalismo.

Qual o risco do coronavírus?

A letalidade do coronavírus, ou seja, o número de pessoas que morrem quando infectadas pela nova gripe, ainda é um mistério. E, curiosamente, entre a turma da estatística e a da medicina há uma desavença. Uns a estimam o risco como bem maior do que os outros. Mas, antes de chegar lá, não custa um ajuste de terminologia. Porque logo a primeira frase deste parágrafo já apresenta um erro discreto. Pelo seguinte: esta nova doença não é provocada pelo coronavírus e sim por um coronavírus.

Coronavírus — melhor, Coronaviridæ — é o nome de uma família bastante grande e antiga de vírus. Eles afetam mamíferos e pássaros, na maioria dos casos são inofensivos. Alguns dos resfriados comuns são provocados por espécimes da família Coronavírus. O nome vem da aparência. ‘Corona’ quer dizer coroa, e os vírus parecem ter mesmo uma coroa quando vistos pelo microscópio. Nas últimas duas décadas, três espécies de coronavírus passaram de animais para humanos fazendo estragos. O primeiro foi o SARS-CoV, em 2003, surgido na Ásia. Depois, o MERS-CoV, que se concentrou no mundo árabe. E este ano, surgido na China, o vírus de nome 2019-nCoV que foi rebatizado SARS-CoV-2. SARS é uma sigla, vem do inglês, quer dizer Síndrome Respiratória Aguda Grave. Este vírus causa uma doença chamada COVID-19.

A família se chama Coronavírus. O vírus que paralisou o mundo se chama SARS-CoV-2. A doença provocada por ele é COVID-19.

Pois os matemáticos estão preocupados. Dentre os primeiros a levantar o alerta estão Joseph Norman, Yaneer Bar-Yam e Nassim Nicholas Taleb, do Instituto de Sistemas Complexos da Nova Inglaterra. Embora se trate de um instituto independente, seus professores costumam trabalhar também no MIT e em Harvard. Eles mergulharam no assunto porque uma pandemia é um sistema complexo — ou seja, as variáveis são muitas e, por isso, é difícil calcular tendências. No final de janeiro, o trio publicou uma avaliação alarmista. Eles observaram que o aumento da conectividade global e a integração da China ao mundo acelerou tanto, nos últimos anos, que pandemias se formam muito rápido. Medidas como isolamento de pacientes e acompanhamento individual de cada pessoa infectada são inúteis. Recomendavam uma redução de mobilidade — que é exatamente aquilo que grandes empresas vêm fazendo. Cancelando eventos onde gente de todo mundo se encontra e evitando viagens internacionais.

Bill Gates, que de fundador da Microsoft se tornou um dedicado desenvolvedor de iniciativas contra doenças globais, também fez contas. “Na última semana, o vírus começou a se comportar como aquele patógeno que ocorre uma vez por século e que a tantos preocupa”, escreveu no prestigiado New England Journal of Medicine. “Espero que não seja tão grave, mas devemos partir do pressuposto de que é até termos certeza do contrário.” O receio que ele ecoa é o de muitos. Todos temem que uma pandemia como a da Gripe Espanhola, que ocorreu após a Primeira Guerra, se repita.

O receio não vem à toa: pelos números da Organização Mundial de Saúde, atualizados em 6 de março, a taxa de mortalidade da COVID-19 está entre 3% e 4%. É muito alto. Uma influenza comum, a típica gripe de temporada, tem letalidade abaixo de 0,1%. No entanto, a OMS trata este índice pelo que ele é: muito impreciso. Este é o número de mortes de acordo com o de infectados conhecidos. E é sabido que não temos ideia do número real de infectados. Leia em PDF o relatório da OMS, em inglês.

Matemáticos ligam o alarme porque estão de olho na velocidade em que a doença se espalha. Médicos se tranquilizam por como a doença se comporta.

Outros números, também da OMS, dão conta do dilema. 80% das pessoas infectadas apresentam ou sintomas muito leves ou nenhum. Como se fosse um resfriado, se tanto. A maioria destes sequer cogita procurar um médico. Como o número de infectados é muito, muito maior do que o conhecido, a taxa de mortalidade é certamente bastante menor. 15% dos pacientes têm infecção severa e precisam de internação para oxigênio. Os 5% finais necessitam de ventilação, por conta das dificuldades de respirar. Quem corre risco de vida está neste grupo.

Há mais estatísticas importantes de conhecer: entre 0 e 19 anos, os riscos são muito baixos de qualquer coisa. Na China, pelos números conhecidos, entre 10 e 40 anos a letalidade é de 2 em cada mil casos. Baixíssimo, não distinto de uma gripe comum. Acima de 80 anos é que o risco sobe muito.

Vai demorar bastante até que possamos compreender a letalidade do SARS-CoV-2. Mas Jeremy Faust, da Escola de Medicina de Harvard, aponta para o Diamond Princess. É o navio de cruzeiro em quarentena na costa japonesa. Há 3.711 pessoas a bordo e apenas uma entrou infectada. Todos os passageiros foram testados e o número de pessoas que teve resultado positivo foi 705. Destes, mais da metade não desenvolveram sintomas. E seis morreram, todos com mais de 70 anos. É o que cientistas chamam grupo de controle, um cenário muito raro na vida real: uma comunidade isolada na qual ninguém entra, ninguém sai, e portanto é possível medir com precisão como a doença se portou. Se o cenário estiver correto, a taxa de mortalidade da COVID-19 é de 0,85%. Bem mais alto do que a gripe de verão, mas muito menos apavorante.

A doença está no Brasil e se tornará uma epidemia. O que fazer? O dr. Drauzio Varela responde. Vale assistir a seu vídeo, não chega a oito minutos. Mas o essencial é o seguinte. Lave sempre as mãos e toque a vida normalmente. Quem se sentir resfriado deve ficar em casa e tomar muito líquido. Analgésico para dor, antitérmico em caso de febre baixa. Para estes, é má ideia correr para o pronto-socorro. Afinal, está com o sistema imunológico afetado e, lá, vai haver gente com toda sorte de doenças. O lugar mais provável de contrair a síndrome. Saber quando procurar um hospital é simples: em caso de o resfriado incluir falta de ar. Subiu uma escada e ficou mais ofegante do que o normal? Aí sim, ao médico.

SARS-CoV-2 é uma pandemia. Mas não é nem de perto uma nova gripe espanhola.

A transformação digital da Magalu

Transformação digital é um dos termos da moda. Aqui no Brasil, uma das primeiras empresas a mergulhar de cabeça no conceito foi a Magazine Luiza, que está colhendo os frutos dessa transformação que se iniciou em 2016. Em entrevista para o Projeto Draft, André Fatala, CTO da empresa, conta como foi o processo, que começou com um laboratório de inovação com 120 pessoas e conta hoje com mais de 1.200 profissionais de tecnologia:

André Fatala: “Sempre que se fala de laboratório, as pessoas acham que só vamos trabalhar para tentar ‘soltar foguete’. Mas a gente inovou usando processos digitais para melhorar produtividade ou eficiência. O Fred (Trajano, CEO que assumiu a empresa em 2016) já tinha um entendimento de que seríamos uma plataforma, e para isso precisaríamos ter domínio de tecnologia. Afinal, você não olha para a Amazon ou o Alibaba e pensa: ‘Qual é a fábrica de software fazendo isso aí?’. Os caras são uma tech company. A gente foi nessa direção, com investimento pesado nisso. Fui no Spotify investigar o conceito de tribos, para que os times tivessem sensação de pertencimento. Uma mudança grande foi que até 2016 a empresa fazia oito deployments [o processo que torna um software pronto para o uso] por mês. Agora são 50 por dia. Isso é gerar valor, porque em vez de criarmos um depósito de código, vamos colocando em produção e melhorando. Um dos maiores desafios é manter a cabeça de autonomia com responsabilidade, enxergar onde você tem que padronizar (porque todo mundo ganha com isso), e manter o time motivado.”

Livro sobre os bastidores do Facebook

Em anotações no papel, Mark Zuckerberg desenhou e planejou o que se tornaria a maior rede social do mundo. Em um desses cadernos, que intitulou de Book of Change, estão registradas ideias, como de estender a rede do Facebook para além dos campus universitários e a criação do feed. As anotações são uma espiada em como a mente de Zuckerberg funcionava desde o começo: programada para fazer com que as pessoas compartilhassem cada vez mais dados pela rede social. O resultado levou o Facebook a se tornar uma fonte de notícias, entretenimento e informações. A empresa monetizou sua base de usuários com anúncios e Zuckerberg se tornou uma das pessoas mais ricas do mundo. Quanto mais dados, mais o Facebook lucrava. A liderança autoritária de Zuckerberg negou muitas vezes levar em conta qualquer brecha para a proteção. Esse modelo não foi questionado até 2016, quando a empresa foi denunciada como ferramenta política para desinformação que influenciou na eleição de Donald Trump. Foi quando o poder do Facebook começou a ser discutido por governos ao redor do mundo. A ideia de privacidade, no entanto, já rondava na cabeça de Zuckerberg. “O que faz isso parecer seguro, seja realmente ou não?”, escreveu em 2006. Os bastidores do sucesso (e das polêmicas) são contados no livro Facebook: The Inside Story (Amazon), do jornalista Steven Levy.

Aliás... um TED Talk sobre a influência do Facebook no Brexit e seu impacto nas democracias ao redor do mundo.

E os mais clicados de uma semana um tanto quanto confusa:

1. Buzzfeed: Dicas para comprar o primeiro vibrador.

2. Estadão: CNN Brasil divulga os programas que já estão confirmados em sua grade.

3. LA Times: Fotos do desfile da Chanel no Grand Palais em Paris.

4. Estadão: Bolsonaro usa humorista para fugir de perguntas sobre o pibinho.

5. Fantástico: mulheres trans presas.

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