Edição de Sábado: É possível governar sem o Centrão?

Não se conta a história da Nova República, que nasceu com a queda da Ditadura Militar, ignorando a história do Centrão. O grupo de parlamentares, sempre disforme ideologicamente, esteve em todos os governos menos dois, participou de todas as decisões, teve papel em todos os escândalos. Sem o Centrão, ninguém governou. Nesta última semana, o presidente Jair Bolsonaro chamou ao Planalto os líderes de Progressistas (PP, 40 deputados e 6 senadores), Partido Liberal (PL, com 40 e 2) e Republicanos (42 e outros 2). Também faz parte do conjunto o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que com 10 deputados federais e nenhum senador tem menor influência. Como todos os presidentes que o antecederam, Bolsonaro pôs à mesa cargos. No cerne de seu governo estava a ideia de que não negociaria assim. Mudou. Aos 88 anos, o ex-governador paulista Paulo Maluf é ainda um dos principais líderes do PP, embora mais emérito do que influente. Ele é um bom personagem pelo qual podemos começar esta história.

Porque Paulo Maluf perdeu. Foi, aliás, uma surra: 480 votos contra 180. Era uma terça-feira, 15 de janeiro em 1985, quando o Congresso Nacional elegeu Tancredo Neves presidente. Seria o primeiro civil a subir a rampa do Planalto desde que João Goulart descera dela, num 31 de março 21 anos antes. Não se faz a transição de uma ditadura para uma democracia sem percalços, sem problemas práticos por resolver. Como a ditadura foi de direita, como deixou um rastro de corrupção, hiperinflação e repressão, o Brasil tinha repulsa ao regime e os grupos políticos que organizavam com mais força se inclinavam à esquerda. Tancredo, claro, morreu sem vestir a faixa.

Durante um bom período, a ditadura só havia permitido dois partidos no Brasil — o MDB, de oposição, e a Arena, governista. Mas conforme a transição democrática se organizava, os partidos começaram a se definir. Nasceram o PDT, de Leonel Brizola, tentando refundar o ideário getulista. Para neutralizar Brizola, a ex-udenista Sandra Cavalcanti puxou para si a sigla do PTB. Indiferente à esquerda antiga, tentando criar uma nova, surgiu o PT, um partido operário comandado por um líder sindical paulista — Luís Inácio Lula da Silva. Mas eram todos partidos jovens e miúdos. A Arena, que havia se tornado PDS, rachou ao meio no período da campanha pelas diretas. Um grupo que assumiu por nome Frente Liberal se juntou ao PMDB para formar a Aliança Democrática e pedir voto popular à presidência. Não deu, mas foi esta união PMDB-PFL que sustentou o governo de José Sarney, o vice-presidente de Tancredo. Quem de fato foi o primeiro presidente civil.

A dinâmica pela qual o Congresso Nacional passaria a funcionar nasceu depois. Porque o primeiro parlamento eleito, já no governo Sarney, tinha uma missão especial. A de criar uma nova Constituição. Quem lesse apenas a composição partidária daquela Assembleia Constituinte perceberia maiorias claras e poucas disputas. O PMDB tinha 54% das cadeiras e, o PFL, 24%. A terceira força, o velho PDS, não chegava a 7%. O PDT não tinha 5% e, o PT, batia em 2%.

Ocorre que o PMDB não era de fato um partido, era isto sim um amontoado. Dentre seus constituintes, 137 já faziam parte da sigla quando João Figueiredo foi eleito o último presidente militar. Mas 72 faziam parte da Arena. Migraram para a oposição porque era o movimento eleitoralmente esperto por fazer. O PMDB ia da esquerda à direita passando por nuances de todo tipo, incluindo as não-ideológicas. Mas a maioria, aquele grupo que pouco depois formaria o PSDB, se via e era visto como de centro-esquerda.

Este grupo, dentre os quais muitos chamados de Autênticos do PMDB, tinha a maioria do maior partido, mas não da Constituinte. Parlamentares experientes, aproveitando-se da desorganização de todo o resto, construíram então um regimento interno — as regras que ditavam os trabalhos — que permitiria que seu grupo dominasse a escrita da carta.

Redigido pelo senador Fernando Henrique Cardoso, o regimento distribuiu os constituintes em 24 subcomissões temáticas com 21 membros cada. Estes receberiam sugestões de artigos vindas da sociedade, proporiam também seus próprios, e os encaminhariam para as 8 comissões de 63 membros. Tudo que passasse por subcomissões e comissões bateria na Comissão de Sistematização. Seu presidente era o veterano liberal udenista Afonso Arinos de Mello Franco, agora no PFL. O relator, Bernardo Cabral, do PMDB.

Teoricamente, esta comissão tinha por objetivo fazer com que os artigos fossem reunidos num só documento coerente, um anteprojeto de Constituição. Mas esta organização dava imensa vantagem à esquerda do PMDB, liderada pelo também senador Mário Covas. No plenário, todos juntos, poderiam representar o grupo mais coeso, mais organizado, mas não eram uma força de maneira alguma majoritária. A maioria, dispersa e caótica, estava do outro lado. Ao tirar poder do plenário e concentrá-lo nas subcomissões, o PMDB autêntico tinha mais força.

Tudo teria funcionado bem não fossem três debates. A esquerda do PMDB queria que o mandato de José Sarney fosse de 4 anos, preferia o sistema parlamentarista e queria uma reforma agrária agressiva.

Os parlamentares representantes dos grandes fazendeiros, coordenados pela União Democrática Ruralista de Ronaldo Caiado, foram os primeiros a se organizar. Ao mesmo tempo, no Planalto, o presidente José Sarney decidiu ajudar num movimento de resistência. Ele defendia um regime presidencialista e queria seis anos de mandato. Na Assembleia, líderes das minorias deram coesão a um grupo — do PFL vieram José Lourenço, Ricardo Fiúza e o jovem deputado Luís Eduardo Magalhães. Do PMDB, Daso Coimbra. Do PDS, Amaral Neto. E, do PTB, Gastone Righi. Encontraram, no Planalto, dois interlocutores. O pai de Luís Eduardo, o ministro das Comunicações Antonio Carlos Magalhães, era um. O ministro da Indústria e do Comércio, Roberto Cardoso Alves, o outro. Robertão — que, na época, ficou famoso por adaptar o mote de São Francisco. É dando que se recebe.

A massa ideologicamente disforme de parlamentares se batizou Centro Democrático e promoveu um levante, exigindo mudança do regimento interno. Queriam o direito de poder fazer mudanças no anteprojeto da Constituição com votos em plenário. A negociação foi dura, mas conseguiram. O governo trabalhou muito nesta articulação, distribuindo recursos do orçamento para parlamentares que votassem a favor de suas propostas, um dinheiro que empregado em suas bases lhes renderia votos nas eleições seguintes. ACM também distribuiu quantas concessões de rádio e tevê pôde.

Ao final, os três embates ficaram no meio termo. A reforma agrária atingiu apenas terras improdutivas, Sarney teve um mandato de cinco anos e a nova Carta promoveu um plebiscito no qual a população decidiria o regime de governo. Escolheu o presidencialismo.

Possivelmente, se os futuros tucanos não tivessem insistido no Parlamentarismo ou se compusessem com Sarney seu mandato de cinco, jamais teria se formado o Centrão. Mas num país que rejeitava a direita, ao menos nominalmente, e no qual as forças conservadoras estavam francamente desorganizadas, num regime nascente em que a maneira de funcionar do Parlamento ainda estava para ser inventada, o Centrão nasceu. Um bloco de partidos de médio porte, em geral composto por deputados cujas preocupações se concentram na eleição seguinte.

A ruína do governo Sarney, que terminou em caos econômico e múltiplas acusações de corrupção — inclusive na lida com o Centrão —, dissolveu o bloco, que não esteve organizado no governo de Fernando Collor. O mesmo Collor que jamais conseguiu construir uma base no Congresso Nacional. Com Itamar Franco, seu vice e sucessor, muitos dos parlamentares que haviam feito parte do Centrão lutaram para sobreviver na CPI dos Anões do Orçamento. 37 parlamentares ao todo foram investigados por fraudes no Orçamento da União para desvio de dinheiro. Seis perderam o mandato, quatro renunciaram e oito terminaram absolvidos.

Quando Fernando Henrique Cardoso assumiu, o segundo presidente eleito pelo voto direto, ele tinha o desafio de promover reformas e as experiências duplas de governo — de Sarney e de Collor. O Centrão foi recomposto, pois, e o ajudou em quatro dos projetos mais difíceis de fazer passar no Congresso. As emendas constitucionais da Reeleição, da Reforma Administrativa e da Reforma da Previdência, além de uma tentativa frustrada de flexibilização das leis trabalhistas. Foi o ministro Sérgio Motta, tendo ao lado o agora presidente da Câmara Luís Eduardo Magalhães, que organizaram o bloco. Para construir a relação, FHC tentava não atender a interesses particulares, mas fazer concessões a bancadas — entravam no jogo cargos, recursos do orçamento e mesmo mudanças de políticas públicas. Em pelo menos um caso, o da reeleição, o governo subornou parlamentares. Pagou, em dinheiro, por votos.

O governo Lula também garantiu base parlamentar através do Centrão. Só que, menos afeito a distribuir cargos em ministérios, terminou optando por fazer pagamentos em dinheiro a bancadas, no escândalo que terminou conhecido por Mensalão, e distribuiu cargos em estatais, o que culminou no Petrolão. Dilma Rousseff, pouco hábil em negociação, e decidida a não conversar com o grupo, assistiu isolada no Planalto um levante se formar. O Centrão elegeu seu líder, o deputado Eduardo Cunha, para a presidência da Câmara. Em meio a uma onda de impopularidade, o escândalo de corrupção nascido no governo de seu padrinho político, somando-se à má-gestão econômica, criou o ambiente que permitiu seu impeachment. Cunha, porém, gozou da vitória por pouco tempo. Terminou ele preso pela Lava Jato.

E chegamos a Jair Bolsonaro. Isolado, atrapalhando-se na gestão de uma crise após a outra, sentindo a possibilidade de um impeachment se formando — optou por sentar-se com o Centrão. Quer, assim, neutralizar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Costura para que o defendam Progressistas (PP, 40 deputados e 6 senadores), Partido Liberal (PL, com 40 e 2) e Republicanos (42 e outros 2) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB, 10 e nenhum senador). A demissão do ministro da Justiça Sergio Moro, tido por inimigo mortal do grupo, reforça a relação. A história do Centrão ainda não acabou.

Meio ambiente e a pandemia

Canais de Veneza mais limpos. O Himalaia visível depois de décadas. Com cerca de 2,6 bilhões de pessoas em quarentena, o impacto humano sobre o ambiente começa a ficar mais visível. Enquanto a pandemia dá uma ideia de como seria a vida com menos poluição — mesmo que de forma temporária e a um custo humano alto —, também está deixando mais claro a escala de uma outra crise que já vinha ocorrendo: a climática.

A pandemia pode provocar uma queda de 6% nas emissões globais de CO2 neste ano, projeta a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Seria a primeira redução anual desde a Segunda Guerra Mundial. Em São Paulo, em três semanas de quarentena, a emissão de carbono caiu em 32% em relação ao mesmo período do ano passado. O mesmo se repete em outras partes do mundo. A China, por exemplo, teve uma queda de 25% em quatro semanas após o Ano Novo Chinês no final de janeiro.

Mas… uma baixa é natural com as paralisações. O crescimento econômico ainda é fortemente ligado às emissões de carbono em escala global. E essa redução ainda está longe de afetar o aumento projetado de 1,5°C de aquecimento até o final do século. Para evitá-lo, as emissões globais precisariam cair 7,6% a cada ano nesta década, segundo o Carbon Brief.

Dificilmente esse cenário se torne realidade. Cada queda nas emissões durante crises desde os anos 60 foram seguidas por um efeito rebote. O colapso de 2008, por exemplo, teve uma queda geral de 1,3% em CO2. Mas pacotes de estímulo econômico resultaram em uma recuperação de 5,1% nas emissões globais em 2010 — muito acima da média de longo prazo.

O efeito rebote já está dando sinais. O número de usinas a carvão aprovadas na China nas três primeiras semanas de março foi superior ao aprovado durante todo o ano de 2019, de acordo com o Global Energy Monitor. O mesmo pode se repetir pelo mundo. Trump prometeu garantir fundos para o setor de petróleo e gás. Enquanto alguns líderes da UE já levantaram a possibilidade de deixar de lado durante a pandemia o Acordo Verde Europeu — um pacote de políticas que obriga os países a zerarem as emissões até 2050.

A paralisação econômica também desacelerou projetos sustentáveis. Uma grande parte de painéis solares, turbinas eólicas e baterias é produzida na China. A BloombergNEF já rebaixou suas expectativas para 2020 nos mercados de energia solar, bateria e veículos elétricos. E se os preços do petróleo continuarem baixos, também pode ser uma má notícia para o clima. A energia mais barata geralmente leva os consumidores a usá-la com menos eficiência.

Pois é… o coronavírus chegou exatamente quando o movimento climático parecia estar ganhando força. Em 2019, o Reino Unido e a França definiram metas para zerar suas emissões. Greta Thunberg criou um movimento mundial e diversos bancos começaram a falar sobre sustentabilidade nos seus investimentos. Mas a paralisação deixou esse tema de lado e parou inclusive as pesquisas climáticas. Os vôos de pesquisa para o Ártico foram interrompidos e o trabalhos de campo ao redor do mundo foram cancelados.

Mas pode ter efeitos positivos. Alguns especialistas acreditam que os novos comportamentos durante a pandemia podem se tornar definitivos, mesmo que em escalas menores. Viagens de trabalho para apenas uma reunião podem ter ficado no passado depois do boom das videoconferências. Um estudo de 2018 na Suíça, por exemplo, descobriu que quando as pessoas não podiam dirigir e recebiam acesso gratuito à bicicletas elétricas, elas dirigiam muito menos quando finalmente recuperavam o carro.

E... para enfrentar a Covid-19, os cientistas têm compartilhado e publicado descobertas em níveis recordes. Para Bill Gates, se esse tipo de trabalho global continuar, poderá acelerar a ação ambiental coletiva.

Em fotos os efeitos da pandemia no meio ambiente.

Tudo bem não ficar bem

Se você ainda tem emprego, está em uma posição privilegiada no momento. Mas isso não significa que seu desempenho não esteja sendo afetado pela pandemia do coronavírus. É compreensivelmente difícil permanecer motivado durante uma pandemia global que está infectando milhões e matou mais de 187.000 pessoas em todo o mundo. “A lembrança de nossa mortalidade e de quem amamos podem gerar crises existenciais”, afirma Kristin Bianchi, psicóloga do Centro de Ansiedade e Mudança de Comportamento de Maryland. Segundo ela, seus colegas relatam estarem ouvindo queixas de apatia e inquietação por parte dos pacientes.

É o caso de Emily. Ela percebeu que seu trabalho, que costumava lhe dar prazer, agora parece “um pouco inútil” — faz marketing para uma companhia aérea. Segundo a moça, ainda há alguma satisfação em responder a perguntas sobre viagens, mas se queixa de que a pior sensação é quando ela não tem respostas para informar aos clientes sobre quando poderão viajar novamente. Emily não está sozinha. E se você estiver lidando com novas responsabilidades durante a quarentena, gerenciar a carreira pode ser o último item na lista de tarefas — ou a última coisa para a qual sobra energia.

Além de trabalhar em casa ou lidar com o estresse do desemprego, muitos pais também estão lidando com as responsabilidades de ensino e cuidado infantil. De acordo com uma pesquisa realizada em março com 15 mil adultos dos EUA pelo Pew Research Center, cerca de um terço das pessoas que vivem com crianças menores de 12 anos relataram que lidar com responsabilidades de cuidados infantis durante o surto de coronavírus foi muito ou um pouco difícil para eles. Desvincular-se do trabalho é uma resposta completamente razoável e normal ao estresse e à exaustão de suportar uma pandemia. É também uma maneira apropriada de gerenciar a energia quando se está emocionalmente esgotado.

Patrick O’Malley, psicoterapeuta, observou que muitas pessoas estão abrindo mão de atividades que energizam suas vidas. Isto tira energia. Se não sobram recursos emocionais o suficiente para investir em trabalho, O’Malley diz que se afastar e apenas cumprir aquilo necessário para permanecer empregado é uma técnica razoável de gerenciamento de energia. É um nível ‘sobrevivente’. Segundo ele, “é muito razoável dizer: ‘vou ser muito claro sobre o que posso fazer. Pode não estar no nível em que eu funcionava antes, mas cumprirei’.” Tudo bem não estar bem. Não lutar contra o mau humor e saber que você não está sozinho ao se sentir assim.

Leia o artigo completo.

Venture Capital e a quarentena

Empreendedores que estão construindo startups costumam estar constantemente pensando em quando captar sua próxima rodada de investimento. Existe até um slogan em inglês: Always be Raising (ABR). A crise do coronavírus traz uma série de dificuldades para isso. Congressos e eventos estão todos cancelados. Junto com isso, a oportunidade daquele encontro fortuito em que se tenta sempre encaixar o famoso elevator pitch. Projeções de crescimento e vendas estão todas de pernas pro ar. A incerteza é imensa. Será que vale gastar o precioso tempo e continuar buscando novos investimentos? Ou será que é melhor esperar e focar na operação durante essa travessia de mares revoltos? Afinal, a indústria de Venture Capital (VC) está aberta e investindo? Ou está parada esperando passar a pandemia para voltar a investir?

Fred Wilson, Union Square Ventures: “Se você fizer uma busca por ’VC abertos para negócios’ no Twitter, vai encontrar basicamente piadas sobre a ideia de que VCs estão fechando negócios no momento atual. Mas a nossa experiência não bate com essas piadas. No último mês temos, vimos diversas empresas de nosso portfolio fecharem rodadas de investimento, algumas nos mesmos termos de antes da pandemia, outras em termos levemente ajustados. Temos visto a maioria dos fundos de investimento honrarem os comprometimentos feitos antes da pandemia. Pelo nosso lado, assinamos três ou quatro ofertas de investimento neste período, já fechamos alguns e estamos negociando diversos outros processos. Tivemos que assumir e ajudar com investimentos interinos, algumas de nossas investidas e estamos trabalhando de forma muito próxima com as empresas de nosso portfólio. Mas nosso foco não mudou radicalmente do que fazemos normalmente, buscando e investindo em novas empresas. E não temos visto grandes mudanças em nossos parceiros na indústria. É claro que alguns fundos, especializados em setores que estão sendo mais afetados pela pandemia, estão tendo que focar mais nos investimentos atuais do que em buscar novas empresas, mas não é o que eu tenho visto no mercado em geral. É sempre fácil se convencer de que as portas estão fechadas para novos investimentos. Mas antes de fazer isso, eu sugiro que você bata em algumas delas. Elas podem estar na verdade abertas para você.”

Mark Suster, Upfront Ventures: “Acredito que se você busca um investimento para o segundo semestre, começar a plantar sementes agora é uma decisão sensata. Provavelmente fechar uma rodada de investimentos vai demorar muito mais do que você gostaria. Se eu acredito que VCs estão abertos para negócios? Em uma palavra: sim. Mas nem todo negócio é igual. Investimentos iniciais, por exemplo, são mais fáceis de serem fechados do que rodadas mais avançadas. Um novo investimento ainda não foi precificado numa faixa que possa causar preocupação para um novo investidor. Uma empresa que está em estágio inicial, ainda não começou a aumentar seus custos. São investimentos na faixa entre US$ 2 e 5 milhões, que são muito mais fáceis de serem negociados em uma série de videoconferências. Diferente de investimentos de US$ 50 milhões, que exigem contato pessoal. Mas mesmo assim, ainda é possível fechar alguns investimentos grandes. Se você estiver em uma das categorias que devem se 'beneficiar' do novo mundo pós Covid-19 por exemplo. Produção de alimentos, colaboração de grupos, educação e treinamento remoto, tecnologias de sensores, certos negócios de biotecnologia. Ou então se você for claramente um líder de mercado, como a Stripe, Robinhood ou AirBnB. Existem grandes somas de dinheiro esperando para serem investidas, e se os investidores estiverem confortáveis com o risco, eles irão assinar os cheques. Mas é claro que eu acredito que o mercado deu uma forte reduzida. Não é surpresa, afinal VCs estão passando por um período de filtrar seus investimentos e esperando um pouco mais de clareza antes de voltar para o mercado.”

Rainha Elizabeth II: galeria

Sete papas, 13 presidentes dos EUA e 13 primeiros ministros britânicos. São 68 anos de reinado, o tempo mais longo que um monarca ocupou o trono na história da Inglaterra. Nesta semana, a Rainha Elizabeth II completou 94 anos. Foi primeira vez, em seu reinado, que as celebrações não ocorreram. Fotos importantes da sua trajetória.

Playlist do fim de semana

E uma playlist sobre o romance do jazz norte-americano com a bossa, que por sua vez teve uma grande influência do West Coast Jazz, de Chet Baker, Frank Sinatra etc. Seria possível fazer centenas de listas. Esta é a lista de Fernando Trueba.

E como sempre, os mais clicados da semana:

1. Twitter: Policial aponta uma arma em direção a casas da favela do Vidigal que jogavam ovos e objetos em carros que participavam de carreata pró-Bolsonaro.

2. Twitter: Taxista espanhol que transporta pacientes com COVID-19, sem cobrar pelas corridas, foi surpreendido por uma chamada falsa no hospital. Era uma homenagem.

3. Washington Post: Trump sugere que injeções de desinfetante poderiam ser arma contra o novo coronavírus.

4. El País: O que a vida em submarino pode nos ensinar para lidar com a quarentena.

5. Youtube: Conversas com o Meio: Entrevista com Claudio Couto, cientista político e Coordenador do Mestrado Profissional em Gestão e Políticas Públicas da FGV em São Paulo.

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