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Com terceiro corte seguido de 0,50 ponto, taxa básica de juros fica em 12,25% ao ano

Novo corte nos juros. Pela terceira vez seguida e em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a Selic de 0,5 ponto percentual, passando de 12,75% ao ano para 12,25%. A redução seguiu a expectativa dos analistas e já havia sido sinalizada pela autoridade monetária. No comunicado divulgado após a reunião, o colegiado indicou que pode adotar novos cortes de 0,5 ponto percentual. Neste ano, haverá apenas mais uma reunião, nos dias 12 e 13 de dezembro, o que permitiria, caso esse patamar de redução seja mantido, encerrar o ano com a Selic em 11,75%. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, diz o texto. No comunicado, o Copom destaca que o ambiente externo é adverso e cita a elevação das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos e as novas tensões geopolíticas. Já no cenário doméstico, a inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, mas segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta de inflação, enquanto as medidas mais recentes de inflação subjacente ainda se situam acima da meta para a inflação. “O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.” (Bloomberg Línea)

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Em meio à discussão sobre revisão da meta fiscal de déficit zero em 2024, o Copom voltou a afirmar a importância de perseguir os alvos já estabelecidos para que as expectativas de inflação caminhem em direção aos objetivos. “Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas”, diz o comunicado pós-reunião. O debate sobre risco fiscal voltou a ganhar força depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na última sexta-feira, que “dificilmente” o país vai atingir o objetivo de zerar o déficit no próximo ano, conforme prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas o Banco Central optou por manter o mesmo tom, sem confrontar diretamente Lula. O texto é exatamente o mesmo da reunião de setembro. (Folha e Globo)

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