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Morte de ex-premiê chinês revive questões sobre o país

O anúncio da morte do ex-premiê chinês Li Keqiang, de 68 anos, gerou 1,8 bilhão de cliques na principal mídia social do país em apenas 12 horas, conta Marcelo Ninio. Número dois na hierarquia do Partido Comunista por uma década, até se aposentar em março deste ano, Li era considerado um moderado reformista. Conhecido pelo jeito mais descontraído, ganhou popularidade entre muitos chineses, que viam nele a esperança de um país mais aberto. Segundo a TV oficial, ele sofreu um infarto fulminante quando visitava Xangai. Sua morte pegou a China de surpresa, surgindo especulações sobre as reais circunstâncias, mesmo sem haver qualquer indício de que a versão oficial não seja a correta. De origem modesta, construiu uma carreira marcada pelos estudos econômicos e pela lealdade ao partido. Afilhado político do ex-líder do PC Hu Jintao, chegou a ser cotado para sucedê-lo, mas foi superado na corrida por Xi Jinping. A morte de Li evocou duas outras questões. Para onde teria ido a China caso Li tivesse sido o escolhido para liderar o país, com um estilo mais aberto que o de Xi? A segunda pergunta tem a ver com a memória de outro líder mais liberal, Hu Yaobang. O luto provocado por sua morte, em 1989, foi o início do movimento que levou aos protestos pró-democracia da Praça da Paz Celestial, esmagado três meses depois pela repressão do Exército. (Globo)

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