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Embaixador de Israel diz que não há como garantir segurança de brasileiros

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, disse que o governo de seu país não tem como garantir segurança para os estrangeiros que estão na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, incluindo o grupo de brasileiros que tenta sair do território que é alvo de bombardeios diários.

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Desde a semana passada, a diplomacia brasileira tenta negociar a abertura de um corredor humanitário no Sul de Gaza. O conflito teve início após ataques terroristas do Hamas em território israelense no último dia 7.

“Estamos em uma guerra e, portanto, não podemos garantir nada”, disse o embaixador em entrevista ao Meio. “Nós perdemos 1.300 pessoas e estamos em uma situação de impedir o Hamas de chegar às metas dele”, disse.
Informações sobre o local onde os brasileiros estão hospedados foram repassadas às Forças de Defesa de Israel pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv.

O embaixador israelense disse ainda que a demora a se chegar a uma solução para a saída dos estrangeiros está na dificuldade de se coordenar a passagem deles pela fronteira. “É necessário se ter uma coordenação para verificar todas as pessoas que vão sair, para onde vão sair, quando vão sair, de que maneira vão sair. Não é como apanhar um ônibus.”

De acordo com o governo brasileiro, o grupo está dividido entre as cidades de Rafah e Khan Younes e é formado por 22 brasileiros, sete palestinos com visto provisório ou residência no Brasil e três parentes próximos de brasileiros.

“Não é verdade que Israel está negando a saída deles. O assunto é complicado, precisa ter entidades envolvidas e a saída tem que ser para o Egito. A coordenação disso não é fácil, principalmente porque tem o Hamas. Então, por conta dessa dificuldade de coordenação, isso ainda não foi feito”, disse Zonshine.

“Não temos nenhuma intenção de atingir ou que essas pessoas sejam feridas. Nós sabemos onde estão os estrangeiros e tomamos todas as medidas para que os cidadãos não sejam atingidos pelas forças israelenses, mas não somos a única força que está lá”, disse, referindo-se também ao Hamas.

Quanto ao ataque do Hamas a Israel, que motivou a reposta sobre Gaza, o embaixador atribuiu a uma “falha na inteligência”. “Foi uma situação de total surpresa”, disse. “Isso é uma falha de nossa inteligência, uma falha de nosso Exército, que tem de defender os cidadãos.” (Meio)

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