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O governo do Egito alertou o Itamaraty que sua estrutura de imigração em Rafah, na fronteira com Gaza, foi destruída por bombardeios israelenses. Isso deve dificultar a retirada de 28 brasileiros — entre eles, 15 crianças — que querem deixar a região.

Já foi repassada ao governo egípcio uma lista completa com cópias de passaporte, fotos, documentos desses brasileiros. Treze deles estão abrigados em uma escola católica — a Embaixada do Brasil na Palestina divulgou hoje as primeiras imagens dessa escola católica na Faixa de Gaza.

Os egípcios informaram o governo brasileiro que a retirada de brasileiros e civis de Gaza depende agora da reunião do Conselho de Segurança da ONU que acontece nesta sexta-feira, dia 13. Deve haver pressão para que Israel permita a abertura de um corredor humanitário para que a população de Gaza deixe a região em segurança.

O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais do presidente Lula, está liderando as negociações com o Egito, em contato com a assessora de segurança nacional do país árabe, Faisa Aboul Naga. Além da destruição da estrutura de imigração, um dos complicadores do lado egípcio é o temor de que, ao abrir a fronteira, o país receba um volume muito grande de refugiados. (Globo e Folha)