Senado corre com PEC que reinstitui a venda de sangue humano

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Desde a Constituição de 1988 é proibida a comercialização de órgãos e tecidos humanos, incluindo sangue. Antes, o pagamento por doações de sangue, em geral de pessoas de baixa renda, era um prática comum, e a falta de fiscalização e higiene ajudou a agravar a proliferação de doenças como a Aids. Porém, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que avança no Senado pode permitir a venda e a doação remunerada de plasma, que compõe 55% do sangue e é base de remédios pra uma série de doenças. Proposta pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), a PEC é defendida pela indústria farmacêutica, de olho em um mercado que fatura R$ 10 bilhões por ano na América Latina. Mas seus críticos, incluindo o Ministério Público Federal (MPF) dizem que ela desestimulará a doação de sangue, já que é possível extrair somente o plasma, e pode inviabilizar a Hemobrás, empresa pública que produz o plasma usado no Brasil e estaria perto da autossuficiência. A PEC está agora na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado com parecer favorável e, se passar, vai direto para o plenário. (UOL)

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