Ex-delator acusa Moro de usá-lo para investigar magistrados

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Dez anos antes da Lava-Jato, o então juiz Sergio Moro, hoje senador (União Brasil-PR), celebrou e supervisionou um acordo de colaboração premiada que previa grampear, monitorar e levantar provas contra colegas da magistratura paranaense, que tinham foro privilegiado e, por isso, estavam fora do seu alcance na primeira instância. O caso está registrado em documento até então sob sigilo na 13ª Vara de Curitiba. A colaboração do ex-deputado estadual e empresário Tony Garcia, previa, entre outras coisas, que ele usasse escutas ambientais em encontros e conversas com políticos e juristas para obter informações sobre desembargadores do Paraná e ministros do Superior Tribunal de Justiça, segundo o Blog da Daniela Lima. Garcia, que recebeu 30 tarefas, só obteve acesso formal aos termos que formalizaram sua atuação como informante de Moro recentemente, quando o juiz Eduardo Appio, assumiu a 13ª Vara e retirou o sigilo que existia há quase 20 anos sobre os autos. Condenado a seis anos de prisão por fraude em consórcios, mas com a pena comutada por Moro em serviços comunitários devido à delação, Garcia enviou o documento ao Supremo Tribunal Federal para anular todos os efeitos da ação de Moro. O senador afirma que a acusação é infundada e que não existem gravações de pessoas com foro no processo. (g1)

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