Restos mortais de Eça de Queiroz são alvo de disputa judicial entre herdeiros

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Os restos mortais do escritor português Eça de Queiroz (1845-1900) deveriam ser transferidos amanhã para o Panteão Nacional, mas uma disputa judicial entre seus descendentes adiará a homenagem aprovada pelo Parlamento português. Na última semana, seis bisnetos do autor de O Primo Basílio entraram na Justiça para impedir o translado. Como 13 de seus 22 bisnetos vivos concordam com a mudança, a homenagem foi mantida, mas a cerimônia de entrada no Panteão será remarcada “em breve”, segundo informou o deputado Pedro Delgado Alves. Queiroz foi originalmente sepultado em Lisboa, em um túmulo da família de sua esposa, Emília de Castro, mas foi transferido em 1989 para um cemitério na freguesia de Santa Cruz do Douro, no norte de Portugal, quando todos os seus filhos já haviam falecido. A decisão foi tomada pela esposa de um dos netos.

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O Panteão abriga restos mortais de outras personalidades portuguesas, como a cantora de fado Amália Rodrigues, e o jogador de futebol Eusébio, o que parece ter incomodado alguns parentes do escritor. Em mensagem enviada a um primo, um dos bisnetos de Queiroz reclama da transferência, dizendo que “lá, meu bisavó estaria na companhia de um jogador de futebol, uma fadista e, veja só, um militante antifascista que não fez nada para ao país além de ter sido assassinado pela PIDE [polícia da ditadura salazarista]”. (Globo)

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