Dino quer federalizar investigação do assassinato de Marielle

“Uma questão de honra do Estado brasileiro.” Foi assim que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, definiu, ao assumir ontem o cargo, a solução do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), irmã da ministra a Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros no Centro do Rio em 14 de março de 2018. Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão presos e aguardam julgamento como autores do crime, mas até hoje, após três trocas de comando nas investigações pelo MP e a entrada de um quinto delegado no caso, não se avançou na busca pelos mandantes do assassinato. Para cumprir a promessa, Dino vai atender a uma antiga reivindicação das famílias das vítimas e colocar a Polícia Federal à frente das investigações. (g1)

Em outra frente, Dino orientou o novo diretor-geral da PF, Andrei Augusto Passos Rodrigues, a fazer um levantamento dos atos antidemocráticos, como terrorismo, vandalismo e incitação a golpes de Estado, em particular dos ocorridos após o segundo turno das eleições presidenciais. “Atos terroristas, animosidade contra as Forças Armadas, são crimes políticos gravíssimos e estarão permanentemente à mesa do Ministério da Justiça, de acordo com o que a lei manda”, afirmou. (Metrópoles)

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Enquanto Flávio Dino bota a Polícia Federal à caça dos movimentos golpistas, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, procurou contemporizar, dizendo que as manifestações nas portas dos quartéis “vão se esvair” em breve e que tem amigos nos atos feitos em Recife, sua cidade natal. “O brasileiro é fraterno. A gente não suporta por muito tempo o conflito”, disse. Ele afirmou que é necessário aceitar manifestações “desde que não estejam atrapalhando a cidade”. Em conversa com jornalistas, ele contou que o único critério para a escolha dos novos comandantes militares foi a antiguidade, e pesquisou na Internet a ordem antes de passar os nomes ao presidente Lula. (Poder360)

De fato, o clima no acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército em Brasília na manhã de ontem era de fim de festa. Entre choro e decepção, cerca de 50 pessoas, desmontavam suas barracas e embarcavam e carros e ônibus fretados de volta para casa. “Já deu. Não tem como lutar mais. Não chegaram as instruções que esperávamos do nosso capitão”, disse chorando a comerciante Márcia Regina, de 45 anos, que saiu do Mato Grosso e passou 15 dias no acampamento com a filha. (Globo)

Enquanto isso... O novo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, tomou posse ontem reclamando da “incompreensão” de pessoas próximas. Embora tenha ressaltado o “relacionamento harmonioso” com o governo, Damasceno não mencionou o presidente Lula uma única vez em seu discurso. (Folha)

“Reconstruir” o país após o governo Bolsonaro foi a tônica dos discursos do presidente Lula na posse, e ele botou a promessa em prática logo no primeiro dia de trabalho. Com 52 decretos e quatro medidas provisórias em 48 horas, Lula se tornou o presidente a baixar o maior número de medidas no início do governo, sem contar a batelada de demissões de bolsonaristas em cargos-chave, como o agora ex-assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência Felipe Martins. O recorde anterior era de Fernando Collor de Mello, que assinou 28 decretos e MPs ao assumir o governo em 1990, incluindo um plano econômico que confiscou poupança e contas-correntes. (Globo)

Meio em vídeo. Nem bem tomou posse, o presidente Lula assinou uma batelada de decretos “desbolsonarizando” o governo. Abrindo a temporada 2023 do #MesaDoMeio, Pedro Doria, Mariliz Pereira Jorge e Christian Lynch debatem o que esperar de Lula depois que o petista subiu a rampa para o terceiro mandato à frente do país. Ao vivo, às 19h. Em seguida, no segmento exclusivo para assinantes premium, o trio responde a perguntas e análises do público. Assine. (YouTube)

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi hostilizada em um restaurante na noite de domingo, após a posse do presidente Lula. Vídeos nas redes sociais mostram um mulher se dirigindo agressivamente a Marina, indagando se ela “não tinha vergonha de trabalhar para um ladrão”. Ao contrário do que aconteceu em situações semelhantes nos últimos anos, outros clientes se revoltaram e defenderam a ministra e o presidente, e a autora das ofensas foi retirada do local. (UOL)

WWF

Energia além do fóssil

A urgência de um consenso sobre a existência, vitalidade e extensão dos Recifes da Amazônia levou um grupo de 21 pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Pará e outras instituições brasileiras a assinar um artigo na revista científica Frontiers in Marine Science acerca da importância ecológica da região. O conhecimento sobre a existência do Grande Sistema de Recifes da Amazônia remonta à década de 1970, mas estudos mais detalhados só foram feitos a partir de 2016. Com 56.000 km² de extensão, os Recifes começaram a ser contestados em 2018, em grande parte por empresas petrolíferas interessadas em obter licenças ambientais para explorar a região com habitats marinhos sensíveis e pouco conhecidos. Entenda.

E por falar em vida marinha, as florestas subaquáticas que cobrem a costa de quase todos os continentes podem atuar como um amortecedor vital contra a crise climática, absorvendo dióxido de carbono da água do mar e da atmosfera. Segundo uma análise feita por um grupo internacional de cientistas de oito países, as florestas oceânicas, especialmente aquelas com a presença da Kelp, um tipo de alga marinha, podem armazenar tanto carbono quanto a Floresta Amazônica. (Um Só Planeta)

Com o avanço do ESG, um termo ganhou popularidade: greenwashing. Em português, é conhecido como “lavagem verde” ou “maquiagem verde”, e acontece quando são feitas alegações infundadas ou exageradas de que um investimento é ecológico. Saiba como identificar os sinais comuns dessa “maquiagem” que se esconde por trás de um belo – e ambientalmente aceito – discurso e faz pouco pelo meio ambiente na prática. (Valor)

Viver

Panelinha no Meio. Sabe aquela sobra de pernil e de arroz (com ou sem passas) da ceia de Réveillon? Envoltas em folhas de couve ligeiramente fervidas e com molho de limão, essas sobras viram trouxinhas deliciosas. E o preparo é muito rápido. Essas trouxinhas não esperam 72 horas.

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O presidente Lula revogou um decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro de 2020, que permitia a criação de escolas especiais para crianças com deficiência separadas da convivência das demais. A medida era criticada por especialistas, que alertavam para uma possível segregação entre alunos com e sem deficiência, e foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mesmo ano. Os ministros entenderam que o decreto poderia fragilizar a inclusão das crianças no espaço escolar. (g1)

Outras revogações devem vir da ministra da Saúde, Nísia Trindade. Em cerimônia de posse nesta segunda-feira, ela disse que em 15 dias saberá quais normas do governo Bolsonaro serão revogadas da Saúde em sua gestão. Como exemplo, Nísia cita as normativas que ofendem a ciência, os direitos humanos e os direitos sexuais reprodutivos. Na mesma cerimônia, o novo ministro da Educação, Camilo Santana, prometeu construir um novo pacto nacional pela alfabetização na idade certa nos primeiros cem dias do governo Lula, que deverá ser construído com estados e municípios. (Folha)

Durante o velório de Pelé, na Vila Belmiro, estádio do Santos, no litoral sul paulista, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, declarou que pedirá a todas as federações que batizem pelo menos um estádio em cada país do mundo com o nome do rei do futebol, morto na quinta-feira passada. “Precisamos garantir que nós, do mundo do futebol, lembremos do Pelé eternamente.” O velório foi aberto ao público nesta segunda-feira às 10h e segue até o mesmo horário desta terça-feira. (Estadão)

A Funai mudou de nome, passando de Fundação Nacional do Índio para Fundação Nacional dos Povos Indígenas. A sigla continuará a mesma. A troca encerra o uso do termo “índio”, considerado por especialistas como preconceituoso e impreciso. O órgão será comandado pela deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR), a primeira mulher indígena a ocupar o cargo. (O Globo)

Cultura

Um tesouro musical que passou quase seis décadas guardado numa cozinha carioca foi finalmente redescoberto: uma gravação pirata da apresentação do maestro e compositor russo Igor Stravinsky (1882-1971) na Igreja da Candelária em setembro de 1963. Graças a contatos tanto na igreja quando na Rádio Ministério da Educação, o estudante Francisco de Assis Joffily, então com 20 anos, conseguiu instalar microfones no templo e gravar a execução da Missa, composta pelo próprio Stravinsky em 1948 e nunca apresentada no Brasil, executada pela Orquestra Sinfônica Nacional e por cantores da Associação de Canto Coral. Agora esse tesouro está disponível, pois Joffily o cedeu à gravadora Pristine Classical, que remasterizou as fitas e lançou em streaming. (Globo)

Listas são sempre polêmicas. É o que não falta na relação de 200 melhores cantores elaborada por um júri da revista americana Rolling Stone. Logo de cara os editores explicam que é uma lista dos “melhores cantores, não das melhores vozes” e que contou muito a “originalidade, influência e legado musical” do artista. Ainda assim, Bob Dylan vir antes de Marvin Gaye, e Ozzy Osbourne sequer estar na relação (à frente de Ronnie James Dio) são temas para debate. Ah, três brasileiros entraram na lista: João Gilberto em 81º, Gal Costa em 90º e Caetano Veloso em 108º. (Rolling Stone)

O ator americano Jeremy Renner, de 51 anos, famoso como o Gavião Arqueiro dos filmes da Marvel, está internado em estado “crítico, mas estável” após sofrer um acidente no domingo enquanto removia neve após uma intensa tempestade no estado de Nevada, onde mora. A polícia local não deu detalhes sobre o acidente, informando apenas que mais ninguém se feriu e que a família está acompanhando o ator no hospital. Renner já foi indicado ao Oscar de melhor ator por Guerra ao Terror, em 2010, e ator coadjuvante por Atração Perigosa, em 2011. (Variety)

O astrofísico inglês Brian Harold May, de 75 anos, recebeu do rei Charles III o título de Cavaleiro do Reino Unido. E daí? Daí que o astrofísico é também Brian May, guitarrista, vocalista e um dos mais importantes compositores do Queen — ou seja, fica tudo na realeza. E se o leitor não conhece o talento vocal de Sir Brian, ouça-o cantando sua Too Much Love Will Kill You. (CNN Brasil)

Cotidiano Digital

A edição deste ano da Consumer Electronics Show (CES), a mais importante feira de tecnologia do mundo, promete ser palco para tendências e anúncios de produtos que estarão em alta em 2023. O evento se inicia a partir desta quinta-feira em Las Vegas, EUA, para o que pode ser uma das maiores edições de todos os tempos após dois anos de feiras semipresenciais. São esperadas apresentações de novidades em eletrônicos e tecnologias relacionadas ao metaverso e à Web 3.0, com a presença de empresas como Microsoft e Nvidia. A feira também terá lançamentos de TVs, computadores, jogos, automóveis e tecnologia em saúde. (The Verge)

Está marcada para hoje a primeira audiência do que pode ser uma longa batalha judicial sobre a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, por US$ 68,7 bilhões. O FTC, entidade governamental dos EUA que legisla sobre aquisições de mercado, processou a companhia para bloquear o negócio, alegando práticas anticompetitivas por parte da Microsoft. A gigante de tecnologia, por sua vez, tenta amenizar as preocupações dos órgãos reguladores e pode fazer uma série de concessões para levar o acordo adiante, como manter o jogo Call of Duty no PlayStation. (Reuters)

Pois é… O Twitter está sendo processado por não pagar o aluguel de um de seus escritórios em São Francisco. A proprietária do prédio notificou a rede social em 16 de dezembro para que a empresa pague o valor pendente, cerca de US$ 136.250. Como o pagamento não foi realizado no prazo estabelecido, um processo judicial foi aberto no Tribunal Superior da Califórnia. O Twitter ainda não teria pagado os aluguéis de escritórios em diversas cidades, incluindo sua sede, também localizada em São Francisco. De acordo com o New York Times, os pagamentos pendentes fazem parte de uma medida de redução de custos por Elon Musk. (Bloomberg)

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