Manifestantes fazem ato golpista dentro do Congresso

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De Brasília

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Cerca de 30 manifestantes bolsonaristas fizeram na tarde desta terça-feira um protesto no Túnel do Tempo, corredor do Senado que dá acesso às salas das comissões. Eles entraram no Congresso com autorização do senador Zequinha Marinho (PL-PA), se ajoelharam no corredor e começaram a cantar trechos do Hino da Independência (“Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil”) e gritar palavras de ordem contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Polícia Legislativa foi acionada, mas só apareceu quando os manifestantes já se dirigiam para a saída. O protesto revoltou alguns servidores do Senado, que chegaram a discutir com o grupo. Quando os bolsonaristas gritaram “se precisar a gente acampa, mas ladrão não sobe a rampa”, uma servidora respondeu “vai subir, sim”.

Em nota, Marinho confirmou ter autorizado a entrada do grupo, dizendo que “faz parte da democracia o respeito a opiniões adversas” (sic) e que a Constituição garante o direito a manifestação pacífica “em locais abertos ao público, independentemente de autorização”. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que dava uma entrevista na hora, disse que manifestações antidemocráticas precisam ser coibidas que que vai mandar apurar o incidente. “Manifestações que pregam rompimento democrático ou estabelecimento de um estado de exceção, ou a não posse de um presidente legitimamente eleito são naturalmente ilegítimas e devem ser coibidas”, disse Pacheco.

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