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Após definharem na Câmara, PSB e PDT cogitam fusão

Após a eleição, o PSB e o PDT cogitam retomar conversas com o objetivo de se fundirem em uma só legenda ou mesmo formar uma federação. Integrantes das duas siglas têm falado no assunto, e sinalização é de interesse em conversar, já que os dois partidos tiveram suas bancadas diminuídas na Câmara e, por consequência, terão também reduzidos o que recebem do fundo partidário.

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O PSB, que tem o ex-governador Geraldo Alckmin (SP) como vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conseguiu eleger 14 deputados, menos da metade do resultado que obteve em 2018, quando fez 32 deputados. Já o PDT, por sua vez, elegeu 17, dois a menos do que conseguiu na eleição passada. Com isso, passam a ter direito ao fundo partidário menor, proporcional à bancada que tomará posse no dia 1º de fevereiro.

A fusão não resolve problemas financeiros, visto que apenas unifica os valores recebidos pelas legendas. No entanto, pode trazer fôlego na Câmara, visto que a possível nova sigla teria 31 deputados. Membros das legendas defendem a união avaliam que é a única saída para escapar da situação de insignificância na Câmara. O PSB, com 14 deputados, e o PDT, com 17, não conseguem nem o direito de requerer, por exemplo, verificação de votação ou de quórum na Câmara, um dos recursos mais básicos empregados nas sessões, mas que precisa, no mínimo, de 31 apoios.

“É uma questão de sobrevivência. O partido precisa ser maior tanto para fazer oposição, quanto para ser governo”, disse um parlamentar do PSB.

A condução da conversa, no entanto, só deverá ocorrer após a definição das urnas e será conduzida pelos presidentes dos dois partidos, Carlos Siqueira, do PSB, e Carlos Lupi, do PDT. Os dois evitam falar no assunto por enquanto e estão envolvidos na campanha do petista Lula.

A conversa não é inédita, mas acabou interrompida no ano passado, quando PSB partiu para o apoio à candidatura de Lula e o PDT seguiu no barco da candidatura de Ciro Gomes (PDT-CE).
“Não tivemos nenhuma conversa nos últimos meses”, disse Lupi, ao Meio. Ele, no entanto, não respondeu sobre a retomada das negociações.

“É um desejo antigo e agora é hora de juntar os caquinhos”, disse outro membro do PDT, partido que tem enfrentados rachas regionais, principalmente no Ceará estado de Ciro, onde parte dos pedetistas migrou para o apoio ao candidato do PT, Elmano de Freitas.

Com o apoio de Lula, Elmano foi eleito no primeiro turno, impondo a Ciro uma dupla derrota, visto que superou o candidato de Ciro, Roberto Cláudio (PDT), que terminou em terceiro lugar na disputa.

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