Música perde Manolo Sanlúcar e ‘Skelly’ Spence
A música se tornou menor com a morte no sábado, aos 78 anos, do violonista e compositor espanhol – ou melhor, andaluz – Manolo Sanlúcar, um dos mais importantes nomes do flamenco. Nascido Manuel Muñoz Alcón, em 1943, em Sanlúcar de Barrameda, tornou-se ainda menino, por influência da família, discípulo do já idoso mestre Javier Molina (1868-1956), el brujo de Jerez, e aos 15 anos começou sua carreira profissional. Era “Manolito el de Sanlúcar”, de onde tirou seu nome artístico. Sua primeira gravação foi de 1967 acompanhando a lendária cantora Francisca Mendéz, La Paquera de Jerez, e o primeiro álbum de sua longa discografia solo, Recital Flamenco, foi lançado no ano seguinte. Manolo respirava a cultura da Andaluzia e, paralelamente a sua carreira musical, dedicou 15 anos à criação da “enciclopédia audiovisual do flamenco”. Definia-se como “metade planta”, enraizado no flamenco, “metade pomba”, capaz de voar para além dos limites do estilo. (El Espanhol)
Luto também no reggae, pela perda do cantor jamaicano Cecil “Skelly” Spence, do trio Israel Vibrations, aos 69 anos. Ele conheceu os futuros parceiros ainda na infância, no fim dos anos 1950, num centro de tratamento para portadores de poliomielite, então epidêmica na Jamaica. Formaram o grupo anos depois e estouraram em seu país em 1978 com o compacto The Same Song, mas a consagração veio na década seguinte, quando se mudaram para os EUA. Spence sofria de câncer no pulmão. (Jamaica Observer)