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Tormenta mata dezenas em Petrópolis, no Rio

O violento temporal que atingiu Petrópolis (RJ) na tarde de ontem deixou dezenas de mortos — a conta até o fechamento desta edição era de 34 pessoas, mas possivelmente há mais. Em seis horas, choveu mais do que o esperado para o mês inteiro. O Centro Histórico do município está inundado. Corpos começaram a aparecer pelas ruas assim que a chuva deu uma trégua e o nível do rio baixou. Um vídeo mostra uma encosta que veio abaixo e destruiu várias casas, arrastando junto carros e árvores. O morador que fazia a gravação pede ajuda, diz que não conseguiu falar com os bombeiros e que há “um monte de gente soterrada”. Até às 20h30 de ontem, haviam sido registradas 80 ocorrências de deslizamentos de terra. Em outro vídeo, pessoas tiram às pressas crianças de uma escola. A cidade está em estado de calamidade. (g1)

No Centro Histórico da cidade fundada por d. Pedro II e que, até os anos 1950, era de onde os presidentes da República governavam durante o Verão, testemunhas contam que carros foram cobertos pela água em minutos — não pareceu uma enchente e sim uma tromba d’água, um dique estourado. A Washington Luís, uma das principais vias de acesso ao centro, desabou dentro do rio Quitandinha. Durante a madrugada, quando a chuva cedeu, foram registrados saques. (Tribuna de Petrópolis)

A chuva forte também caiu em Minas Gerais, principalmente na área metropolitana da capital, na zona da mata mineira e nas regiões central e oeste do estado. Na cidade de Cataguases, uma mulher morreu ao ter o carro arrastado durante o temporal. (Folha)

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Uma criança morreu a cada três dias por covid-19 enquanto país debatia vacinação infantil. O período se refere aos vinte dias em que o governo demorou para liberar o imunizante da Pfizer após aprovação da Anvisa. Nesse tempo, o Brasil registrou seis mortes e 124 casos graves de covid em crianças de 5 a 11 anos. (O Globo)

Ontem, o país registrou 909 mortes por covid e mais de 123 mil casos. A média móvel de óbitos diários é de 847, 30% maior do que duas semanas atrás. Já o de casos é de 127.077 ao dia. (Folha)

Entre ficar de fora de torneios de tênis como Wimbledon ou ser forçado a receber uma vacina contra covid-19, Novak Djokovic escolhe a primeira opção. “Sim, esse é o preço que eu estou disposto a pagar”, diz ele em entrevista. Mas ressalta que não é contra a vacinação, e sim “a favor de escolher o que você coloca em seu corpo”. (BBC)

A Itália, por meio de seu Ministério Público, emitiu uma ordem internacional de prisão contra o jogador de futebol Robinho. Ele foi condenado a nove anos de prisão por estuprar em grupo uma jovem no norte italiano em 2013. Caso viaje para um país com acordo de extradição com a Itália, Robinho pode ser preso. Embora o Brasil não extradite seus cidadãos, os dois países podem chegar num acordo para ele cumprir pena em território brasileiro. (O Povo)

Cientistas anunciaram a cura de uma paciente com HIV, a primeira mulher e a terceira pessoa a ser curada. Eles usaram o novo método que envolve transplante de sangue de cordão umbilical. Isso é uma vantagem por dois motivos. Um porque o sangue dessa origem não precisa ser compatível com o receptor, e dois porque é mais fácil ter acesso a um cordão umbilical do que a células-tronco adultas. (O Globo)

Política

Após o anúncio russo de que começa a retirar tropas da fronteira ucraniana, o presidente americano Joe Biden afirmou que ainda há 150 mil soldados alocados na região e que seu governo não detectou movimentos de recuo. “Não enviarei soldados americanos para lutar na Ucrânia”, Biden afirmou. “Mas se a Rússia atacar os EUA ou nossos aliados por meios assimétricos, como ciberataques contra nossas empresas ou infraestrutura crítica, estamos preparados para responder.” Em Moscou, a ambiguidade permanece. A Duma, parlamento russo, aprovou um pedido para que o presidente Vladimir Putin reconheça a independência dos estados ucranianos de Donetsk e Luhansk, onde uma guerra civil já ocorre. (Guardian)

Max Fisher, analista de política externa: “Moscou e Washington estão jogando uma partida complexa e de alto risco, enviando sinais para tentar conquistar seus objetivos sem disparar um tiro. Diplomacia, movimentos de tropas, ameaças de sanções, fechamento de embaixadas, encontros de líderes e vazamento de inteligência têm por objetivo provar que cada país está disposto a cumprir suas ameaças e que aceitam certos riscos. Nesta negociação arriscada, o objetivo é definir o futuro da Europa sem iniciar uma guerra mas, ao mesmo tempo, telegrafando como um conflito se daria. Ao movimentar as tropas, a Rússia deseja convencer Washington e Kiev de que está disposta a encarar uma guerra de grande porte para conquistar suas demandas, então é melhor que os países cedam pacificamente. Ao anunciar que já considera a guerra iminente, fechar sua embaixada em Kiev e chamar os americanos de volta, o governo Biden sinaliza para Moscou que, mesmo na iminência da guerra, não entra em desespero e sai fazendo concessões. Quanto mais ambos os lados tentam mostrar que suas ameaças realmente valem, maior o risco de que um erro de cálculo leve à perda de controle do jogo.” (New York Times)

Enquanto isso… A CNN Brasil teve de desmentir o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que publicou uma montagem no Twitter. O político atribuía ao canal de notícias a informação de que o presidente Jair Bolsonaro “evitou a terceira guerra mundial” ao negociar com seu par russo, ainda no avião, um recuo de tropas. (CNN Brasil)

Este tom, o de que Bolsonaro está ativamente envolvido em negociações de paz, é generalizado entre influenciadores de seu campo político. E só lá. (Metrópoles)

Não é à toa, o TSE formalizou ontem parceria com oito plataformas digitais para o combate à desinformação eleitoral. TikTok, Facebook e Instagram se comprometeram a excluir os conteúdos que o tribunal considerar problemáticos. O Kwai prometeu um canal direto com a corte para denúncia de conteúdos que violem a lei e ponham em risco o pleito. O Twitter tem planos de trabalhar não apenas com exclusão mas também oferecendo contexto para parte do conteúdo que fica. O WhatsApp excluirá contas com ‘atividade inautêntica’. O braço de publicidade do Google publicará relatórios de transparência a respeito das propagandas políticas. A oitava é o YouTube, que também promete filtragem. O Telegram está ausente. (Agência Brasil)

Atentem-se para o tom do ministro Edson Fachin, a uma semana de tomar posse como presidente do TSE. “Teremos o maior teste das instituições democráticas do Brasil. Um grande teste para o Parlamento, que, na democracia representativa, representa a sociedade. Um grande teste para as Forças Armadas, que são forças permanentes, institucionais, do Estado, e que estou seguro que permanecerão fiéis à sua missão constitucional e não se atrelarão a interesses conjunturais. Também será um teste para a Justiça Eleitoral, que é uma instituição permanente do Estado. A nós caberá organizar, realizar as eleições, declarar os eleitos, diplomar e, em seguida, haverá posse para que cada um governe. É para efetivamente isso que vamos trabalhar. Tivemos 25 anos de uma ditadura civil-militar que trouxe consequências nefastas para o Brasil. Ditadura nunca mais. Espero que minha geração não veja isso de novo e que meus netos cresçam numa democracia.” (Estadão)

Sem ainda cheiro de partidos aliados, o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) pode ter apenas R$ 15 milhões para financiar sua campanha, conta Natuza Nery. É muito pouco e põe em risco a competitividade de sua campanha. “Não é impossível fazer uma campanha com pouco dinheiro”, escreve Natuza. “Bolsonaro venceu. Mas Moro não é um político de carreira que, por anos, cultivou um exército digital a seu favor.” (g1)

Pois é… Pressionado num encontro com 20 gestores do mercado financeiro, Moro retrucou. “O Podemos tem R$ 180 milhões, não é pouco”, conta Malu Gaspar. O problema: este dinheiro, que pode chegar a R$ 200 milhões, é para todos os candidatos a todos os cargos do Podemos. Aliás… Durante a conversa, o ex-ministro da Justiça ainda ouviu uma provocação do emedebista Carlos Marun. O aliado de Temer lembrou ter ouvido uma crítica de amigos petistas após o impeachment, em 2016. “Vocês tiraram os malucos da gaiola, então agora que cuidem deles.” Marun então se virou para Moro. “Você não se sente assim, responsável por tirar os malucos da gaiola?” O ex-juiz riu e desconversou. (Globo)

Então… Por sua vez, o ex-presidente Lula está ativamente envolvido em inúmeras negociações simultâneas. Em uma delas, na Bahia, sugeriu que o ex-senador petista Jaques Wagner desista do projeto de se candidatar ao governo do estado. Em seu lugar correria o hoje senador Otto Alencar (PSD). Seria uma isca para atrair o partido de Gilberto Kassab, que deverá ter uma das mais importantes bancadas no Congresso. Por este desenho, o ex-tucano Geraldo Alckmin poderia ser vice de Lula não pelo PSB, mas pelo PSD. (Globo)

Meio em vídeo: O que a filosofia tem a nos ensinar sobre liberdade de expressão e seus limites, numa democracia? O professor Fabricio Pontin, da Universidade LaSalle (RS), responde no Conversas com o Meio. Assista. (YouTube)

Cultura

Arnaldo Jabor morreu na madruga de terça-feira (15) aos 81 anos. O cineasta, cronista e jornalista estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo em decorrência a um acidente vascular cerebral. Complicações do AVC o levaram a óbito. Houve uma cerimônia entre familiares e amigos pela tarde. Depois, corpo foi levado ao Rio de Janeiro, onde Jabor nasceu, para ser cremado após um velório aberto no Museu de Arte Moderna. (g1)

Jabor começou a carreira no cinema em 1967 com o documentário Opinião Pública, em que filmava quem encontrasse nas ruas. O sucesso de crítica e público veio em 1973 com Toda Nudez Será Castigada, adaptação de peça homônima de Nelson Rodrigues que lhe rendeu o prêmio de melhor diretor do Festival de Berlim. Então, dirigiu filmes como Eu Te Amo e Eu Sei que Vou Te Amar na década de 1980. (Folha)

Com a crise do cinema brasileiro durante o governo Collor, nos anos 1990, Jabor passa a se dedicar ao jornalismo e à crônica. Começou a escrever para Folha, Zero Hora e O Globo. Depois, foi para a frente das câmeras como comentarista do Jornal Nacional, Jornal da Globo e Bom Brasil. O estilo performático, de mãos agitadas ao ar, e feroz, de comentários ácidos, era marca registrada de Jabor. (O Globo)

Relembre algumas de suas frases mais marcantes. (g1)

Veja três filmes de Jabor que estão em serviços de streaming. (Estado de Minas)

Leia dez crônicas escritas por ele. (O Globo)

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A Crônica Francesa, novo filme do diretor Wes Anderson, estreia no serviço de streaming Star+ nesta quarta (16). O filme se passa na sucursal americana de um fictício jornal francês com a típica composição estética e visual do cineasta. Outra estreia, esta na Netflix, é BigBug, uma comédia futurista em que robôs de tarefas domésticas se revoltam. (Folha)

Cotidiano Digital

O bilionário CEO da Tesla, Elon Musk, doou US$ 5,74 bilhões em ações da montadora para uma instituição de caridade em novembro do ano passado, segundo a Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos). O nome da instituição não foi divulgado. A doação classifica Musk como o segundo maior doador dos EUA depois de Bill Gates e Melinda Gates no ano passado. (The Guardian)

A Samsung lançou ontem no Brasil a nova linha Galaxy S22. Os smartphones da linha principal da marca foram lançados no país com preço sugerido a partir de R$ 5.999. No modelo S22 Ultra com 512 GB, o mais avançado da marca disponível no país, o valor sugerido é de R$ 10.499. Veja os preços e versões do Galaxy S22. (g1)

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