Odebrecht procura provas contra PT; MP da Suíça, contra PSDB

A capa da revista Época que chega hoje às bancas conta a rotina de Marcelo Odebrecht, que enfrenta desde dezembro dois anos e meio de prisão domiciliar em sua casa paulistana. O executivo tem um objetivo fixo: buscar em seu computador, agora que tem acesso a ele, novas informações que possam abater tempo de sua pena. E 43 emails divulgados na noite de quarta-feira, pela Justiça em Curitiba, dão mostra do que pode render o material. “A equipe informou hoje que está tudo conforme programado”, escreveu o empreiteiro em um. “Temos um engenheiro sênior que se instalou em Atibaia e está cuidando pessoalmente do assunto.” Trata das obras no sítio que afirma pertencer a Lula. Noutro faz um alerta. “Importante não mencionar nada sobre minha conta corrente com Italiano pois só ele e amigo de meu pai sabem.” Italiano é o ex-ministro preso Antonio Palocci. Amigo de Meu pai, segundo Odebrecht, é Lula.

Os problemas não estão apenas no PT. O Ministério Público suíço está levantando documentos e extratos de quatro contas bancárias atribuídas ao ex-diretor da DERSA Paulo Vieira de Souza. O Paulo Preto, acusado de operar para o PSDB paulista. Foi nestas contas que encontraram R$ 113 milhões. Souza comandou a estatal entre 2007 e 2010, quando governava José Serra. (Estadão)

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Teve repercussão em toda a esquerda a entrevista concedida por Lula à Folha, publicada na quinta. Internamente, no PT, mais de um se incomodou com o tom egocêntrico. “Só vou aventar a possibilidade de outra candidatura quando for confirmado definitivamente que não sou candidato”, disse o ex-presidente. A sensação de alguns correligionários é de que Lula prioriza seus interesses em detrimento dos do partido.

Ciro Gomes foi outro que rejeitou as conclusões do petista. Sua implicância foi outra — com o trecho em que Lula diz que sem apoio de PT ou PSDB ninguém chegará ao Planalto. “Não é nada fácil carregar hoje 12 anos e um mês de cadeia, já em 2ª instância”, afirmou o pedetista em tom conciliador numa entrevista à Rádio Band. “Parece que Lula não está sabendo muito bem o que está acontecendo. Essa velha história de repartir o país entre coxinhas e mortadelas. O PT foi varrido em várias cidades, perdeu eleições no Brasil interior. É uma repulsa generalizada. Lula não está percebendo isso.”

E... Se não for Jaques Wagner, se não for Fernando Haddad, já se fala em Celso Amorim candidato do PT. (Folha)

Houve recuo no TRF da 1ª Região. Alguns dos processos que estavam na 10ª Vara Federal de Brasília, com o rigoroso juiz Vallisney de Souza Oliveira, haviam sido transferidos para a 12ª Vara. Pois voltaram. Entre os réus estão inclusos Lula, Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha. (Estadão)

Hélio Luz: “A intervenção é constitucional. A discussão está muito reduzida ao oportunismo político de quem detém o poder. Foi uma medida oportunista? Foi. Mas temos que ter uma discussão mais consequente. Estamos falando do problema de segurança do Rio. Há uma questão real. O general Braga Netto manda no Comando Militar do Leste. O CML é o mais antigo e o mais completo arquivo de informações sobre os integrantes das polícias Civil, Militar e dos bombeiros do Estado do Rio. A troca de informação do Exército com as polícias é constante. A segunda seção das Forças Armadas sabe de tudo. Outros comandantes do CML tiveram acesso a essas informações, mas não podiam fazer muita coisa. Agora o general tem acesso a essa inteligência e pode agir com base nela. Pode mudar o comando e mexer nas polícias. Isso é inédito. O grande problema que temos é quem executa a segurança pública. Os integrantes das polícias Militar e Civil. Se o general recuperar as estruturas internas, os agentes que provocam a insegurança ficarão limitados ao ambiente externo. O problema do Rio não são os bandidos. O problema do Rio são os mocinhos. Se ele recuperar o quadro de mocinhos, ele pode dar uma atenção real ao quadro de bandidos.”

Polícia Federal, Receita e Polícia Civil interceptaram, no Porto do Rio, dois containers com uma tonelada e 300kg de cocaína pura. É uma das maiores apreensões da história da cidade.

Foram dois anos de queda, mas em 2017, enfim, a economia brasileira voltou a crescer. A soma de todos os produtos e serviços produzidos no País, o PIB, teve crescimento de 1% no ano passado. O destaque foi o setor da agropecuária, que subiu 13%. Cresceu também o consumo das famílias: 1%. O consumo do governo caiu e o PIB da indústria ficou estável. (Estadão)

Miriam Leitão: “A alta de 1% no PIB foi modesta, mas interrompeu uma sequência de três quedas. A economia deixa para trás uma das três piores recessões da história recente. Essa retomada, no entanto, é diferente das outras. O país saiu enfraquecido e a recuperação, ao contrário do passado, tem sido lenta. A pior herança deixada pelos erros na economia é o contingente de 12,7 milhões desempregados. Outra evidência do fracasso é o recuo da taxa de investimento, que caiu mais uma vez e fechou 2017 em 15,6% do PIB. A previsão para 2018 é de crescimento próximo a 3%, mas não há nenhuma garantia de que o ritmo será mantido no futuro. O país deixou de cumprir algumas tarefas importantes. A produtividade permanece baixa e a condição fiscal piorou nos últimos anos.”

A Petrobras vai abrir 100% do capital da Liquigás, sua rede de distribuição de gás. Originalmente, o plano era vender por R$ 2,8 bilhões para a Ultragaz. O Cade bloqueou. (Folha)

Putin apresenta o invencível míssil nuclear Matryoshka

Tony de Marco

 
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Cultura

São Paulo vive até o dia 11 o MITsp, uma Mostra Internacional de Teatro que leva peças a vários palcos. Estão presentes espetáculos do diretor polonês Krystian Lupa, do suíço Cristoph Marthaler e de quebra há uma performance de 24 horas concebida por Nuno Ramos. A programação está no ar. No antigo Playcenter e no Sambódromo do Anhembi acontece o Dekmantel, festival de música eletrônica. E, para quem é de cinema, o Cinesesc faz uma retrospectiva de Luchino Visconti.

Já no Rio, Zé Miguel Wisnik se apresenta com os filhos Marina e Guilherme, na Caixa Cultural, com o show O Ovo e o Voo. No Blue Note, Olivia e Francis Hime tocam Vinicius de Moraes. E tem Mozart, o Concerto para Piano nº 9, na Sala Cecília Meirelles, sábado. Quem toca é Cristian Budu.

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Dentre as estreias desta semana nos cinemas está Operação Red Sparrow (trailer), com Jennifer Lawrence no papel de uma bailarina soviética transformada em pardal. Uma espiã fria, sedutora, que contracena com Jeremy Irons. O brasileiro Todas as Razões para Esquecer (trailer) põe no centro da tela Antonio, vinte e tantos, vivendo na São Paulo de hoje após o fim de uma relação e buscando sentido. Uma comédia romântica com Johnny Massaro e Bianca Comparato. E, para as crianças, Duda e os Gnomos (trailer), uma animação em que duendes de jardim formam um exército para combater os estranhos seres que habitam uma casa mal-assombrada. Veja as outras estreias da semana.

É neste domingo que os indicados ao Oscar 2018 descobrirão quem vai levar para casa as cobiçadas estatuetas douradas. Para esta 90ª edição do prêmio, o Nexo preparou um quiz para saber quanto você sabe sobre a história e os marcos da premiação.

Para relembrar: os indicados deste ano.

E a BBC preparou um tutorial de como falar Xhosa, a língua falada pelos Wakandans em Pantera Negra. Assista.

Viver

Há 13,7 bilhões de anos, o eco do Big Bang ficou gravado em um fundo cósmico de micro-ondas que ainda permeia todo o espaço. Mas, daí, a massa de partículas que formava o universo antigo começou a esfriar. Prótons e elétrons se juntaram para formar hidrogênio neutro, que absorveu a maioria dos fótons ao seu redor. O universo ficou escuro. Começava a Era das Trevas, um período fora do alcance dos telescópios que detectam a luz visível. Foram quase 200 milhões de anos na sombra, até que matéria foi se agrupando assistida pelo poder gravitacional e, finalmente, as primeiras estrelas nasceram. Agora, um grupo de cientistas americanos detectou um sinal produzido 180 milhões de anos depois do Big Bang. A prova mais antiga que temos da formação de estrelas.

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Tatuagem é coisa do passado. Pesquisadores encontraram as tatuagens mais antigas do mundo. As imagens de um touro selvagem, um carneiro e formas da letra ‘S’ estavam estampados nos braços de duas múmias egípcias, de um homem e de uma mulher, com mais de 5.000 anos.

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal decidiu ontem que transexuais e transgêneros podem alterar seu nome no registro civil sem precisar realizar a cirurgia de mudança de sexo. A maioria dos ministros também votou a favor de que a mudança possa ocorrer sem a necessidade de autorização judicial, no cartório. “Somos iguais, sim, na nossa dignidade, mas temos o direito de ser diferentes em nossa pluralidade e nossa forma de ser”, afirmou a presidente do tribunal, Cármen Lúcia, antes de proferir o resultado.

Aliás... Também foi unânime a decisão dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral de que os candidatos transgêneros poderão registrar seu nome social na urna eletrônica nas eleições deste ano. E poderão, assim como os travestis, entrar nas cotas de gênero.

E no auge da preocupação global com a poluição por resíduos plásticos, uma rede de supermercado holandesa inaugurou o primeiro corredor totalmente sem plástico do mundo. Os clientes da Ekoplaza poderão escolher mais de 700 produtos ‘plastic free’.

Cotidiano Digital

Vero é uma rede social via aplicativo (Android e iPhone) que promete não ter propaganda, respeitar a privacidade de dados do usuário e não usar algoritmos para selecionar o que aparece de seus amigos. Está bombando na internet brasileira. A promessa é boa — mas nem tudo é perfeito. O contrato de cadastro exige nome completo e telefone. Sem direito a anonimato. A conta, depois de aberta, é impossível de apagar. E o fundador da startup, o saudita-libanês Ayman Hariri é conhecido por práticas de trabalho de horror. Já deixou, até, operários abandonados no deserto por mais de mês sem salário ou comida. (Estadão)

Bill Gates: “O principal atrativo de criptomoedas é o anonimato. Não acho que seja bom. É bom que governos tenham a habilidade de encontrar quem lava dinheiro, sonega impostos ou financia terrorismo. Hoje, criptomoedas são usadas para comprar opióides ou outras drogas pesadas, então são um caso raro de tecnologias que matam de forma direta. E acho que a especulação no entorno da criação destas moedas é também muito arriscada para quem fica muito tempo no jogo.”

O Brasil já tem três unicórnios — startups que valem mais do que US$ 1 bilhão. PagSeguro, 99 e Nubank. Mas há outras candidatas a chegar lá: Stone, ZAP VivaReal, Neoway, Resultados Digitais, Ebanx e iFood. (Valor)

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