TSE manda investigar Bolsonaro por ataque a eleições

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade abrir um inquérito administrativo contra Jair Bolsonaro por seus sistemáticos ataques às urnas eletrônicas. O inquérito não tem como resultar em punição ao presidente, mas pode municiar ações futuras movidas por partidos ou pelo MP Eleitoral. Também por unanimidade, o TSE pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) inclua Bolsonaro no inquérito sobre fake news. Ao longo os últimos anos, o presidente fez acusações constantes de fraudes nas eleições de 2014 e 2018, mas na última quinta-feira, admitiu não ter provas, o que não o impediu de continuar atacando as urnas eletrônicas e condicionando as eleições de 2022 à adoção do voto impresso, já considerado inconstitucional pelo Supremo. Ainda ontem, todos os ex-presidentes do TSE desde 1988 e a atual cúpula da Corte divulgaram uma carta aberta em defesa do modelo eletrônico de votação usado no Brasil desde 1996. (G1)

Mais cedo, ao reabrir os trabalhos do Judiciário, o presidente do STF, Luiz Fux, fez um discurso invulgarmente duro, mesmo sem citar nominalmente Bolsonaro. Segundo Fux, a harmonia e a independência entre os Poderes não implicam “impunidade de atos que exorbitem o necessário respeito às instituições”. Ele afirmou ainda que os juízes “precisam vislumbrar o momento adequado para erguer a voz diante de eventuais ameaças”. Para analistas, um dos objetivos, além do recado a Bolsonaro, foi respaldar o presidente do TSE, ministro Luíz Roberto Barroso. (Folha)

Se Bolsonaro ouviu o recado, não deu a mínima. Em evento no Ministério da Cidadania, ele voltou a cobrar voto impresso, atacar Barroso e ameaçar as eleições. “Estão com medo de quê? Qual o poder do presidente de o TSE ir para dentro do parlamento e fazer a cabeça de lideranças” contra o voto impresso, indagou. (Poder 360)

Diante da derrota anunciada da PEC do voto impresso na Câmara, o relator da proposta, Filipe Barros (PSL-PR), foi ao Planalto pedir ajuda. Ele quer traçar uma estratégia com o novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para virar votos na comissão especial. A votação está marcada para quinta-feira. (Globo)

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Meio em vídeo. Daqui a muitos anos alguém vai escrever a história desse momento que estamos vivendo. Jair Bolsonaro conseguiu inserir seu nome como o pior presidente que já tivemos. Mas é um erro achar que ele é o único responsável. Bolsonaro tem cúmplices. Há quem o mantenha onde está. É o centrão. Confira o Ponto de Partida no YouTube.

A quebra do sigilo telefônico da diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, revelou que ela recebeu oito ligações de um militar com cargo de gerência no Ministério da Defesa e quatro do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), da tropa de choque governista na CPI. Todos os contatos ocorreram antes de vir a público o escândalo envolvendo a compra da Covaxin. A Defesa não se manifestou, e o senador disse não se lembrar dos quatro telefonemas. (Folha)

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com nova ação no STF para suspender a quebra dos sigilos do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, determinada pela CPI da Pandemia. Um pedido igual havia sido negado em junho pelo ministro Ricardo Lewandowski. (Poder360)

O Meio errou. Na edição de ontem, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) foi erroneamente identificada como Gleisi Hasselmann. Pedimos desculpas.

TRANSFORMANDO NEGÓCIOS

Transformando Negócios

As organizações estão dedicando mais tempo, esforço e capital para se transformarem digitalmente. Alguns alcançam resultados significativos. Outras, no entanto, veem menos impacto. Essa diferença tem um motivo: a adoção de uma cultura digital e ágil. A transformação digital não pode ficar apenas nas mãos de ferramentas digitais. Ela precisa vir com insights e toda uma gestão por trás que apoie os colaboradores e deem autonomia para inovarem e implementarem mudanças na empresa. Entenda como desenvolver uma cultura digital e ágil.

Um novo recurso de compras começará a ser testado no Twitter. As marcas poderão exibir os seus catálogos no topo do seu perfil e as compras poderão ser feitas pela própria plataforma. A nova funcionalidade surge para competir com Facebook e Instagram. No entanto, o novo recurso do Twitter, por enquanto, só estará disponível nos EUA para algumas marcas. (Folha)

Alcançar a maturidade em UX significa a capacidade de uma organização de entregar com sucesso um design centrado no usuário. Isso abrange desde a qualidade e consistência dos processos, recursos, ferramentas e operações de pesquisa e design até a propensão da organização para apoiar e fortalecer a UX por meio de sua liderança, força de trabalho e cultura. Os seis níveis de maturidade que uma empresa precisa alcançar para desenvolver melhores produtos. Conheça.

Viver

Não satisfeitas em terem sido ouro no Rio em 2016, Martine Grael e Kahena Kunze foram lá e repetiram a façanha em Tóquio. As bicampeãs olímpicas na categoria 49er FX fizeram uma regata de segurança, cruzando a linha de chegada em terceiro, mas acumulando os pontos necessários para o topo do pódio. Nada mal para quem havia terminado o primeiro dia de competições em 15º lugar. (UOL)

Com o ouro em Tóquio, Martine e Kahena entram para um seleto grupo de bicampeões olímpicos nacionais. Elas fazem companhia a Adhemar Ferreira da Silva (1952/1956), do atletismo, e Sheilla, Jaqueline, Fabi, Fabiana, Paula Pequeno e Thaisa (2008/2012), da seleção feminina de vôlei. (Estadão)

Mas a alegria não ficou só na água, não. Alison dos Santos “xavecou seu momento” e levou o bronze nos 400m com barreiras, quebrando um jejum de 33 anos do Brasil em corridas de pista. Mas não foi só isso, Piu, como é conhecido, quebrou pela sexta vez este ano o recorde sul-americano, com 46s72. Uma tremenda conquista para um jovem de 21 anos que quase não entrou para o atletismo por vergonha das queimaduras que sofreu num acidente doméstico quando era bebê. (UOL)

E tem um outro bronze encomendado, mas que pode virar ouro ou prata. A pugilista Beatriz Ferreira passou para as semifinais na categoria peso-leve. No boxe olímpico não há disputa pelo terceiro lugar. “Agora vamos mudar a cor dessa medalha”, disse a atleta. (Globo Esporte)

A seleção brasileira de futebol disputa com o México uma vaga na final num jogo duro (de ver). No fechamento desta edição, os dois times iam para a prorrogação após um empate sem gols no tempo regulamentar. (Globo Esporte)

A seleção masculina de vôlei, atual campeã olímpica, venceu o Japão por 3 sets a 0 e avançou para a semifinal. Só que vai encarar uma pedreira: os russos, que venceram os dois confrontos entre as equipes nesta temporada. (Folha)

Já o vôlei feminino brasileiro viveu altos e baixos em Tóquio. No fim da manhã de segunda a seleção venceu o Quênia por 3 sets a 0 e confirmou o primeiro lugar em seu grupo. A próxima adversária é a Rússia, na madrugada de amanhã. Já a dupla Rebecca e Ana Patrícia perdeu por 2 a 1 para as suíças e deu adeus à disputa pelo ouro no vôlei de praia. Foi o pior desempenho do Brasil nessa modalidade. (Globo)

Simone Biles voltou aos Jogos esta manhã para a final na trave, mas ficou em terceiro. Mesmo assim, foi muito aplaudida. (UOL)

Então. A corredora bielorrussa Krystsina Tsimanouskaya recebeu ontem um visto humanitário da Polônia. No domingo, ela foi retirada contra sua vontade da Vila Olímpica e só não acabou despachada para seu país, a última ditadura fechada da Europa, porque pediu socorro às autoridades do aeroporto. Embora também não seja exatamente uma democracia, a Polônia não tem boas relações com o regime de Minsk. (CNN Brasil)

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A rápida expansão da variante delta fez com que o governo chinês adotasse uma medida drástica: isolou milhões de habitantes em regiões mais afetadas por essa cepa. As 452 infecções confirmadas representam um número relativamente baixo, mas o que assusta é a grande dispersão desses casos pelo país. (Estadão)

Enquanto a delta se espalha “como um incêndio”, pesquisas no Canadá, na Suécia e na Escócia indicam que os infectados por ela têm maior probabilidade de precisarem de hospitalização. Já se sabia que a cepa era mais transmissível. Aparentemente, ela também é mais severa. (Folha)

Nesta segunda-feira, o Brasil teve 473 mortes por Covid-19, totalizando 557.359, com uma média móvel de óbitos em sete dias de 968, completando três dias abaixo de mil. (G1)

E a Pfizer anunciou ontem que vai entregar mais de 17 milhões de doses da sua vacina ao Brasil até o dia 22 de agosto. (UOL)

Projetado pela ítalo-brasileira Lina Bo Bardi (1914-1992) e inaugurado em 1982, o complexo do SESC-Pompeia, em São Paulo, foi classificado como uma das 25 mais significativas obras da arquitetura mundial no pós-guerra por um júri de especialistas do New York Times. Bardi, lembra o jornal, humanizou as linhas retas e duras de uma antiga fábrica, reinventada como um dos mais importantes centros de convivência da capital paulista. Confira a lista completa. (New York Times)

Panelinha no Meio. É tempo de baile na favela, mas a verdade é que ninguém vai num deles se alimentar. Ah, mas o povo toma muita cerveja. Então vamos numa fraldinha assada na cerveja. E nem precisa de uma churrasqueira na laje. Ela vai direto do forno para a mesa.

Cultura

Houve uma época em que o Brasil tinha Ministério da Cultura. Mais que isso, tinha ministros da Cultura com a estatura intelectual do cientista político Francisco Weffort, que morreu ontem, aos 84 anos, por problemas cardíacos. Formado pela USP, começou a lecionar na própria universidade, em 1961, até ser afastado pelo golpe de 64. Na redemocratização, foi um dos fundadores e principal ideólogo do PT, até romper com o partido nos anos 1990 e se tornar ministro da Cultura de Fernando Henrique Cardoso. Ao longo de toda a vida, foi um professor e um pensador da democracia sobre a qual escreveu livros como Formação do Pensamento Político Brasileiro, Por que Democracia e Qual Democracia?. Era casado há 25 anos com Helena Severo, ex-secretária de Cultura do Estado do Rio e da capital fluminense. (Folha)

A briga entre Scarlett Johansson e a Disney por conta do lançamento imediato no streaming de Viúva Negra só esquenta. A agência que a representa, a Creative Arts, uma das maiores dos EUA, criticou duramente o estúdio por revelar o salário da atriz (US$ 20 milhões) e dizer que ela “não se importava com os efeitos da pandemia”. Mesmo com o salário milionário, o grosso do faturamento da estrela viria da participação na bilheteria, minguada pela estreia simultânea nos cinemas e no Disney+. (Estadão)

Um dia depois de ser banido do Lollapalooza devido a comentários homofóbicos durante um show em Miami, o rapper americano DaBaby perdeu mais dois contratos importantes. Foi excluído dos eventos Governors Ball, em Nova York, e D N Vegas, em Las Vegas. No fatídico show, ele condenou do palco as relações entre pessoas do mesmo gênero e disse que portadores de HIV “morriam em três meses”. Depois, como de costume, afirmou ter sido mal interpretado. (Globo)

O Meio errou. Um “que” indevido na nota sobre a paixão japonesa pela música brasileira deu a entender que Carmen Miranda (1909-1955) explodiu nos anos 1960. A frase correta é “O fenômeno, dizem os estudiosos, começou com Carmen Miranda, explodiu nos anos 1960 e não parou mais.” Pedimos perdão aos leitores, em particular aos fãs da Pequena Notável.

Cotidiano Digital

A despedida do Fleets foi feita com nudes. Os usuários publicaram fotos mais sensuais no último dia da ferramenta do Twitter, espécie de ‘stories’ que mantinha fotos no ar por apenas 24 horas. A brincadeira teve inclusive participação de celebridades brasileiras. Para muitos essa foi a primeira vez que usaram o recurso. A falta de popularidade, aliás, foi o motivo para a descontinuação da ferramenta apenas oito meses depois de ter chegado para todos os usuários da rede social. (G1)

Um tribunal federal australiano decidiu que a inteligência artificial pode ser reconhecida como um inventor. No centro da sua decisão está o DABUS um sistema de IA capaz de criar suas próprias invenções de forma autônoma. Suas criações já incluem um contêiner ajustável para alimentos e um sinalizador de emergência. As suas patentes já foram registradas nos EUA, Japão, África do Sul, Índia e Israel. No entanto, apenas os sul-africanos aprovaram o pedido, enquanto as chances de aprovação em outros países são mínimas. (Morning Brew)

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