Beija-Flor ganha… E Rio perde para SP em tamanho do carnaval
A ministra Cármen Lúcia determinou que caberá mesmo ao STF a decisão final a respeito da posse da deputada Cristiane Brasil como ministra do Trabalho. E não há data para definir.
Francisco Leali: “O delegado Fernando Segovia parece disposto a fugir do figurino. Alçado ao comando da Polícia Federal, deu vários sinais de que gosta de falar sobre as investigações que seus subordinados tocam. Principalmente as que afetam o presidente Michel Temer. Mas antes não era assim. Desde 2003, ocupantes do mais alto posto da PF vinham mantendo discrição sobre as grandes operações. Alguns até fugiam da imprensa, deixando o protagonismo para os delegados que cuidavam dos inquéritos.” (Globo)
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está preparando um discurso para engavetar de vez a reforma da Previdência. Responsabilizará o Planalto por não ter conseguido os 308 votos necessários. Ele afirmará que considera a reforma necessária. Mas seus aliados consideram o discurso bom para sua campanha presidencial. (Estadão)
Deu galho nas contas. O TSE afirma que 6,6% dos brasileiros possuem ensino superior. Para o IBGE, são 15,3%. (Veja)
Enquanto Bibi Netanyahu balança no poder israelense acusado de corrupção, na África do Sul o presidente Jacob Zuma viu-se obrigado a renunciar. Seu próprio partido, o ANC, ameaçava apeá-lo do poder. Assume o vice, Cyril Ramaphosa. Zuma, que cresceu na militância anti-Apartheid liderada por Nelson Mandela, está no poder desde 2009. Ele é acusado de favorecer politicamente amigos ricos. Não bastasse, a economia está em declínio o que torna o agora ex-presidente mais impopular.
Clóvi Rossi: “Impressionam as coincidências de Brasil e África do Sul. O grupo anticorrupção da polícia sul-africana, fez uma incursão ao amanhecer desta quarta na residência dos irmãos Gupta, suspeitos de corrupção. É a repetição de batidas semelhantes feitas pela PF brasileira. Os Gupta estão para a África do Sul como a Odebrecht para o Brasil. Foi precisamente essa promiscuidade que levou o governante ao ocaso consumado com a renúncia, assim como foi a associação Lula-Odebrecht que causou a condenação do ex-presidente. O ocaso de Zuma é mais eloquente porque forçado por seu próprio partido. Há pano de fundo mais emblemático: Brasil e África do Sul compartilham uma história recente de sonhos adiados. Os do Brasil foram recorrentes: a eleição de Tancredo; o Plano Real; a eleição de Lula e seu mantra de que a esperança vencera o medo. Já na África do Sul, o fim do apartheid, em 1994, parecia a certidão de nascimento para um sonho multicolorido. O que falhou foi pôr fim também ao apartheid econômico de que sofrem até hoje os negros. Nos dados estatísticos do G20, a África do Sul aparece como o país mais desigual entre todos os 20. É bom dizer que o Brasil aparece logo a seguir no infame torneio de concentração de renda.” (Folha)
Um ex-aluno, de 19 anos, matou 17 pessoas numa escola de ensino médio de Parkland, na Flórida. O assassino, um rapaz chamado Nikolas Cruz, havia sido expulso. Ele fez disparar o alarme de incêndio, atraindo estudantes e professores para o corredor - e disparou. Doze morreram na hora. Ao ouvir os tiros, uma professora chegou a esconder adolescentes num armário. Parkland foi considerada a cidade mais segura do estado, no ano passado.
Cultura
O autor do livro 13 Reasons Why, o escritor Jay Asher, não faz mais parte do quadro da Sociedade de Autores e Ilustradores de Livros Infantis. Foi expulso por violar o código de assédio da comunidade. A segunda temporada da série, produzida pela Netflix, não será impactada pela decisão. O autor não esteve envolvido com a produção. (Globo)
O dia 5 de maio marca o bicentenário de Karl Marx. E já está, nas livrarias brasileiras, aquela que talvez seja sua melhor biografia. Escrita por Gareth Stedman Jones, ex-editor da New Left Review, parte do nascimento em 1818 até sua morte, em 1883. Berlim, Paris, Bruxelas, Colônia, Londres. O poeta da juventude, o jornalista incapaz de completar suas missões um quê depois, o erudito — o economista que reinventou a economia. Jones não conta apenas a história do homem, mas também a de seu ambiente e tempo, e como influenciaram suas ideias. Daí, a extensa — e intensa — amizade com Friedrich Engels, que o incentivou, financiou e, por fim, inventou ele próprio o marxismo. Karl Marx — Grandeza e Ilusão (Amazon) saiu pela Companhia das Letras. (Globo)
Aliás... Das ironias da história. Talvez o político de direita mais odiado pela esquerda brasileira, Carlos Frederico de Lacerda, foi batizado em homenagem a Marx e Engels.
Viver
Era o jogo mais esperado deste início de ano. O Real Madrid bateu o Paris Saint-Germain por 3 a 1, de virada, com dois gols de Cristiano Ronaldo. Não que o PSG tenha jogado mal, pelo contrário. Foi de uma dividida de Neymar que saiu o gol francês, de Rabiot. Assista aos melhores momentos.
E a imprensa europeia está num frenesi. O Mundo Desportivo catalão garante que Neymar assina com o Real Madrid para jogar a temporada 2019 de La Liga espanhola. “Dois anos após consumar sua traição” ao Barça, finca o jornal.
O Brasil fez hoje sua estreia na Olimpíada de Inverno. O dia começou com Jaqueline Mourão disputando os 10 km do esqui crosscountry. E às 23h, horário de Brasília, Isabel Clark, dona da melhor marca brasileira em uma Olimpíada de Inverno, compete no snowboard cross.
Até o fim do ano, cinco cidades alemãs irão oferecer transporte público gratuito, num projeto piloto que pode ser expandido para todo o país. É uma medida radical, de um país bastante conhecido pela forte indústria automotiva, para reduzir os congestionamentos e as emissões de gases-estufa, incentivando os cidadãos a deixarem seus veículos na garagem. (Globo)
Enquanto isso... Paris quer usar árvores para lutar contra a poluição atmosférica urbana. Elas seriam plantadas como parte de um grande projeto: a criação de uma nova floresta ao norte da cidade que teria cinco vezes o tamanho do Central Park de Nova York. Há obstáculos, porém.
E a Cidade do Cabo pode se tornar a primeira metrópole do planeta a ficar sem água. (Globo)
Cotidiano Digital
Começam a sair as resenhas do HomePod, a caixa de som inteligente da Apple. E, pelo conjunto, já é possível fazer três afirmações. A primeira: se o critério é qualidade de som, é de longe a melhor do mercado. Som balanceado, preenche a sala e, o que é importante, mesmo se estiver tocando alto, percebe que o usuário disse ‘Siri’ e abaixa para ouvir o comando de voz. Com muitos dos equipamentos concorrentes de Amazon e Google, é preciso chegar perto da caixa e falar alto para dar ordens.
Segundo e, dependendo do cliente, mais importante. É a caixa de som menos inteligente do mercado. Siri, que já é uma assistente inferior às concorrentes, está pior na caixa do que é no celular. “Você virou tema de piada enquanto crianças de seis anos se apaixonam por Alexa”, brincou o resenhista do Washington Post. “Pagar US$ 350 por uma caixa de som que fala ‘não’ nesta quantidade é difícil”, pôs no título de sua resenha o Ars Technica.
Terceiro: e, aí, é a própria Apple que o admite. Não ponha seu HomePod num móvel de madeira. Deixa marcas.
Por fim... Siri nos tempos do MS-DOS. E mais não dizemos. (Só leia se for geek.)
Uma frase: “Mark Zuckerberg tem 60% dos direitos de voto no Facebook. Temos um indivíduo, 33 anos de idade, que tem total controle sobre a experiência de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. Nunca aconteceu. Até o presidente dos Estados Unidos tem contrabalanços.” De Tavis McGinn. Seu trabalho era, até há pouco, fazer pesquisas sobre a imagem de Zuck para o Facebook. Pois, na empresa, a imagem do criador se confunde com a da criatura.
Um estudo do governo americano expôs os corpos inteiros de ratos a doses pesadas do tipo de radiação gerada por telefones celulares. Ao longo de dez anos, aproximadamente 6% dos machos desenvolveram um tumor raro — schwannomas — no tecido nervoso próximo ao coração. Os aparelhos que usamos não geram radiação no mesmo nível. Porém, estudos epidemiológicos apontam a incidência do mesmo tipo de tumor, no tecido nervoso próximo a ouvidos e cérebros, num percentual maior para quem usa intensamente seus aparelhos. A coincidência é relevante, porém não suficiente para estabelecer conexão. E não aponta cânceres comuns relacionados à radiação dos telefones. via Pioneiros