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Governo perto de fechar acordo com a Pfizer por vacina

Após meses de negociação, o governo brasileiro anunciou ontem — enfim — um acordo para comprar 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech a ser assinado no início da próxima semana, disse o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. A demora da negociação teve impacto nos prazos. A proposta da empresa prevê a entrega de 8,715 milhões de doses até junho, 32 milhões até setembro e 59,285 milhões até dezembro. O imunizante da Pfizer já tem registro definitivo da Anvisa. Outro acordo em negociação é com a Janssen, do grupo Johnson&Johnson, para fornecimento de 38 milhões de doses no segundo semestre e instalação de uma fábrica de vacinas no Brasil. (G1)

A boa notícia, porém, veio com uma muito ruim. O país registrou na quarta-feira 1.840 mortes, segundo dados apurados pelo consórcio de veículos de comunicação, batendo pelo segundo dia seguido o recorde de vítimas fatais. Já são 259.402 vidas perdidas desde a chegada do coronavírus ao Brasil, em março do ano passado. A média móvel foi de 1.332 óbitos, novamente a maior na pandemia e mantendo-se nos quatro dígitos desde 20 de janeiro. (UOL)

Os números do SUS são ainda piores: 1.910 mortes. Segundo o site Worldometer, fomos ontem o país com maior número de mortos em 24 horas em todo o mundo. (Poder360)

E o presidente Jair Bolsonaro cancelou o pronunciamento que faria ontem em rede de rádio e TV. A fala, prevista anteriormente para terça-feira, já havia sido adiada. “O assunto, quando tiver (pronunciamento), vai ser pandemia, vacinas”, disse Bolsonaro nesta quarta. (Veja)

Então... Os adiamentos consecutivos têm motivo. Bolsonaro quer bater de frente com os governadores — ele é contra medidas restritivas de circulação das pessoas pelo recrudescimento da pandemia. Segundo Lauro Jardim, por enquanto uma operação ‘segura o Bolsonaro’ tem tido sucesso dentro do Planalto. (Globo)

Mas... A desistência do pronunciamento não impediu que, quando os telejornais anunciaram o número de mortos, irrompessem panelaços em cidades como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. (Folha)

Por falar em São Paulo, o estado inteiro entra na fase vermelha da quarentena, a mais restritiva, no primeiro minuto de sábado e deve ficar nela até o dia 19. Só poderão funcionar setores da saúde, transporte, imprensa, estabelecimentos como padarias, mercados e farmácias, além de escolas e atividades religiosas. Segundo o governador João Doria (PSDB), a cada dois minutos é solicitada a internação de um paciente no estado.  (G1)

Ancelmo Gois: “O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador Cláudio Castro decidiram que, a partir de sexta-feira, bares e restaurantes na capital só poderão abrir das 6h às 17h, com ocupação máxima de 40%. Também será vedada a permanência — o que não impede a circulação — nas vias e espaços públicos entre 23h e 5h. Essas medidas valerão por uma semana.” (Globo)

Confira como estão as restrições em cada estado brasileiro. (Globo)

E não é para baixar a guarda mesmo. Cientistas brasileiros comprovaram casos de coinfecção, que vem a ser a infecção ao mesmo tempo por duas variantes diferentes do Sars-Cov-2, o que pode provocar o surgimento de uma nova mutação. (Estadão)

Há pouco mais de um mês, Portugal era um dos epicentros da Covid-19 na Europa, com 16.432 casos no dia 28 de janeiro – lembrando que o país tem pouco mais de dez milhões de habitantes. Após um lockdown rígido decretado em 22 de janeiro e uma intensa campanha de vacinação, o número de casos caiu para 979 ontem. O governo, porém, diz que a situação ainda requer atenção e não tem planos de suspender a quarentena. (Folha)

Já Bolsonaro diz a apoiadores que, no que depender dele, “nunca teremos lockdown”, já que a medida, na opinião do presidente, “não deu certo em lugar nenhum do mundo”. (Folha)

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O Executivo abriu investigação contra professores universitários que criticaram Jair Bolsonaro em eventos pela internet. Dois docentes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) tiveram de assinar um termo de ajuste de conduta se comprometendo a não repetir as críticas por dois anos. No mês passado, o MEC mandou ofício às universidades federais cobrando providências contra “atos político-partidários”, embora o STF tenha garantido a liberdade de expressão nas instituições. (Folha)

Panelinha no Meio. Poucos peixes remetem tanto ao Brasil quanto o robalo. Mas nesse caso a receita leva um toque francês, direto da cozinha do restaurante paulistano Le Vin. Camarões, mexilhões na casca, vinho branco, molho de limão e, claro, robalo, embrulhados em papel-alumínio e assado rapidamente no forno. É o papilote de robalo e crustáceos à provençal, um prato inesquecível.

Embratel

Tech no próximo nível

Enquanto o mundo está numa corrida pelo carro autônomo, o mesmo não acontece por aqui. O Brasil está em último lugar, em relação a 30 países avaliados, no Índice de Prontidão para Veículos Autônomos 2020 da consultoria KPMG. Os desafios para que os veículos autônomos se tornem realidade nas ruas não são apenas de ordem tecnológica. Envolvem também questões éticas, de infraestrutura e de legislação. E o Brasil está atrás em todas. Ainda não está claro, por exemplo, como ocorrerá a implementação da infraestrutura para esses carros. O 5G, tecnologia essencial, ainda não tem previsão -  o leilão deve acontecer no final do primeiro semestre deste ano. (Época Negócios)

Meio em vídeo. No #MeioDigital desta semana, o editor Pedro Doria conta como a integração entre os sistemas de dados e a inteligência artificial pode maximizar a experiência de atendimento ao cliente, deixando o processo mais rápido eficiente. Se antes o SAC era só por telefone, agora, ele pode ser multicanal. E, tudo isso passa pelo que chamamos de omnichannel. Confira no YouTube.

Os desafios trazidos pela pandemia no último ano causaram muitas mudanças organizacionais para as empresas, principalmente para os líderes de TI. E muitas delas vieram para ficar. A metodologia ágil, por exemplo, se mostrou fundamental para não só se adaptar a um novo consumidor mais ágil, mas também reduzir custos enquanto os negócios são pressionados pela crise. A atenção a cibersegurança também entrou em pauta. Antes com uma postura reativa, empresas viram a necessidade de definir estratégias de longo prazo. As 7 transformações sentidas por líderes de TI. Confira.

Política

A economia brasileira teve em 2020 o pior desempenho em trinta anos. O Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 4,1% na comparação com 2019, segundo o IBGE. Foi o pior resultado desde a queda de 4,37% em 1990, quando Fernando Collor confiscou ativos. O quarto trimestre teve um resultado acima do que esperava o mercado, crescimento de 3,2%, mas analistas avaliam que é só “um respiro” diante do agravamento da crise da Covid-19. Os grupos de serviços e consumo das famílias tiveram quedas recordes de 4,5% e 5,5%, respectivamente. Com o resultado, o país caiu de 9ª para 12ª economia do mundo. Além disso, a década de 2001 a 2020 teve o pior crescimento médio do PIB, 0,3%, na História, abaixo até da “década perdida”, 1981-1990, que teve crescimento médio de 1,6%. (Globo)

Para o presidente Jair Bolsonaro, o resultado não foi ruim. Segundo ele, “se esperava que a gente ia cair 10%, parece que caímos 4%.” Bolsonaro afirmou que o Brasil foi “um dos países que menos caiu no mundo todo” e que o auxílio emergencial “fez a economia se movimentar”. (Poder360)

Míriam Leitão: “O governo Bolsonaro escapou de ficar com a maior queda do PIB da História. Continuará sendo de Collor esta marca, porque a queda em 1990 foi de 4,37%. Porém até mesmo no governo se admite que esse olhar pelo retrovisor não conforta porque o ano de 2021 começou muito pior do que se esperava. E muito imprevisível pelo agravamento da pandemia. Na equipe econômica, o cálculo é que o primeiro trimestre será de encolhimento do PIB, mas há economistas como Silvia Matos do IBRE-FGV que temem que não seja só o primeiro trimestre, mas sim os dois primeiros.” (Globo)

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A aprovação do governo de Bolsonaro baixou dos 30%, segundo pesquisa do IPEC, formado por ex-executivos do Ibope. Ele é considerado bom ou ótimo por 28% dos entrevistados, o que representa uma queda de 9 pontos em relação aos 37% que o apoiavam em dezembro. Para 39%, o governo é ruim ou péssimo. A maior base do governo está entre os evangélicos, com aprovação de 38%. (Globo)

Enquanto isso... O Senado parece ter colocado a Polícia Legislativa para fazer a segurança da mansão comprada por Flávio Bolsonaro, no Lago Sul, em Brasília. Segundo Guilherme Amado, a Casa não respondeu por que um carro com policiais passou a manhã estacionado em frente à propriedade. (Época)

Vera Magalhães: “No momento em que postulantes à disputa presidencial de 2022 avaliam o cenário e as próprias chances, um nome apareceu simultaneamente no radar do presidente Jair Bolsonaro e do apresentador Luciano Huck: a empresária Luiza Trajano. Huck recebeu uma pesquisa em que o nome de Luiza aparece empatado tecnicamente com o seu, mas numericamente à frente. Do lado de Bolsonaro devem ter aparecido pesquisas semelhantes, porque a empresária passou a ser alvo de ataques, por ora ainda discretos, de porta-vozes bolsonaristas.” (Globo)

O senador Jaques Wagner (PT-BA) diz que seu partido não desistiu de compor uma aliança eleitoral para 2022, mas não com Ciro Gomes, do PDT, a quem acusa de fazer uma campanha de isolamento do PT. Para Wagner, a candidatura de Fernando Haddad ainda não está fechada. (Folha)

Numa vitória do bolsonarismo, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) vem contornando resistências e está perto de ser confirmada na presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a mais importante da Casa. (Poder 360)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) absolveu da acusação de calúnia a desembargadora do Rio Marília Castro Neves, que publicou acusações falsas contra a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. Os ministros consideraram que o pedido de desculpas da magistrada em redes sociais foi suficiente. (UOL)

Cultura

Morto em 2016, o cantor e compositor mineiro Vander Lee recebeu uma homenagem ontem, quando completaria 55 anos. Uma canção inédita, A Vida Não São Flores (Youtube), foi lançada nas plataformas de streaming. O artista, famoso por sucessos como Esperando Aviões (Youtube) e Aquela Estrela (Youtube), tinha o hábito de gravar suas ideias e esboços de canções. Foi o que permitiu ao produtor Felipe Fantoni extrair e melhorar o vocal e acrescentar o arranjo. (Estadão)

O já abarrotado mercado de streaming de filmes e séries ganha um novo competidor com o lançamento da Paramount+, o serviço/aplicativo de um dos mais tradicionais estúdios de Hollywood. Além das produções da Paramount, o serviço oferece ainda a programação de Showtime, CBS, Nickelodeon, MTV, Comedy Central, BET e Smithsonian Channel. (Folha)

Cotidiano Digital

Até 2022, o Google, a maior empresa de publicidade digital do mundo, não vai mais permitir que sites usem cookies de terceiros para rastrear as atividades individuais de cada usuário. Ainda disse que não irá mais desenvolver ou usar tecnologias que permitam que as pessoas sejam identificadas ao navegar na web. É por causa dessa técnica que, após visitar um site de um eletrônico, por exemplo, o usuário é “bombardeado” com anúncios do produto em outras plataformas. A alternativa é desenvolver soluções que permitem aos anunciantes direcionarem seus anúncios para grupos de usuários com interesses semelhantes, em vez de usuários individuais. Desde o ano passado o Google caminha nessa direção, quando bloqueou o uso de cookies de terceiros no Chrome.

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