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Prova de Humanidade pode transformar as redes sociais

O problema não é novo, mas há uma alternativa que pode reduzir os discursos de ódio e desinformação nas redes sociais. Em meio a perfis falsos, maliciosos e bots promovendo spam, as redes sociais enfrentam um dilema: como manter a liberdade de expressão sem ultrapassar os limites legais? Parte da resposta pode estar na verificação de humanidade.

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Soluções como o World ID, que usa a biometria da íris, podem garantir que cada pessoa tenha uma credencial digital, e que as interações online sejam mais confiáveis e sempre humanas. Em outras palavras, os perfis nas redes sociais poderiam ter um selo que confirma que aquela conta é humana e única – não fruto de uma automação.

Menos trolls, mais pessoas reais

Não é segredo que parte da toxicidade nas redes vem da automação e proliferação de perfis falsos. Comentários agressivos, bots inflando discussões e ataques coordenados formam um cenário que desestimula o diálogo e alimenta bolhas.

É nesse contexto que entra a proposta de garantir que cada perfil seja associado a uma pessoa real, sem necessariamente revelar quem ela é. O World ID pode ajudar a filtrar e dificultar a criação de contas falsas em massa. O Instagram, o X e outras redes já ensaiam caminhos semelhantes, com verificação por documentos ou via blockchain.

O avanço dessa tecnologia pode beneficiar as próprias redes sociais, que por vezes são responsabilizadas por não conseguirem conter casos graves de assédio, crimes, desinformação que ocasiona problemas de saúde pública e até mortes a partir de bullying ou campanhas de ódio.

Liberdade, mas com limites reais

Embora a verificação de humanidade traga avanços importantes para tornar os ambientes digitais mais seguros e confiáveis, ela também impõe desafios que precisam ser enfrentados. De um lado, mecanismos como o World ID ajudam a combater abusos e dar mais credibilidade às interações online. De outro, é preciso garantir que essa segurança não venha acompanhada de barreiras de acesso, especialmente em regiões com menor inclusão social e econômica, nem de uma centralização excessiva nas mãos de poucas plataformas. O alcance maior, mesmo nestes locais, garantiria que a inovação fosse realmente transformadora, como a World pretende, sem transformar a promessa de inclusão em um novo monopólio digital.

Então, o destaque do World ID é também não armazenar dados sensíveis e permitir a autenticação sem exposição de identidade, evitando também a restrição de pessoas por interesses das plataformas.

Ainda é cedo para saber se a verificação de humanidade será suficiente para transformar a cultura das redes sociais, mas certamente pode ser uma peça-chave nesse processo, como parte de um esforço mais amplo para repensar as dinâmicas sociais das plataformas e que esses mecanismos sirvam ao público. (World)

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