Desocupação sobe para 6,8%, mas número de pessoas com carteira assinada bate recorde
A taxa de desocupação subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada pelo IBGE, registrando alta de 0,7 ponto percentual em relação ao período anterior. Apesar da piora recente, o indicador segue melhor do que há um ano, quando era de 7,8%. A população sem ocupação aumentou para 7,5 milhões de pessoas, uma alta de 10,4% no trimestre, enquanto a ocupada recuou para 102,7 milhões. A taxa de informalidade caiu para 38,1%. Um dos destaques positivos foi o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,6 milhões, o maior da série histórica iniciada em 2012. Também foi recorde o rendimento médio habitual, que atingiu R$ 3.378, puxando a massa de rendimentos para R$ 342 bilhões, outro marco inédito. Apesar disso, houve aumento da taxa de subutilização, agora em 15,7%, com 18,3 milhões de pessoas nessa condição, e do número de desalentados, que chegou a 3,2 milhões. Na análise setorial, houve recuos no emprego nas áreas de construção, administração pública e serviços domésticos. Já na comparação anual, houve expansão na indústria, comércio, Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas e setor público, com destaque para aumentos salariais em setores como construção civil e trabalho doméstico. (Meio)
Já o Novo Caged registrou a criação de 431.995 empregos formais em fevereiro, o melhor resultado mensal desde 2020. Foram mais de 2,5 milhões de admissões no mês, com saldo positivo em todos os setores e em 26 das 27 unidades da federação, com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Paraná. No acumulado do ano, o saldo chega a 576 mil vagas, superando o registrado no mesmo período de 2024. Em 12 meses, o país abriu 1,78 milhão de vagas, elevando o total de vínculos com carteira para 47,7 milhões. O setor de serviços lidera com folga, com 250 mil vagas criadas no mês, seguido por comércio e indústria. Mesmo com o avanço do emprego, o salário médio real de admissão caiu para R$ 2.205,25, baixa de 3,48% em relação a janeiro, embora tenha subido levemente frente a fevereiro de 2024. (Meio)