Investimento estrangeiro no Brasil cresce a patamar histórico em fevereiro
O Brasil teve US$ 9,3 bilhões em investimento direto em fevereiro, um dos maiores valores da série histórica do Banco Central, iniciada em 1995. O resultado só ficou atrás de 2011, 2022 e 2021. Segundo o boletim Estatísticas do Setor Externo, divulgado pelo Banco Central. O avanço foi puxado tanto pelo aumento na participação no capital de empresas (US$ 5,6 bi) quanto por operações entre companhias (US$ 3,7 bi). No acumulado de 12 meses, o investimento direto soma US$ 72,5 bilhões, o equivalente a 3,38% do PIB. Também houve recuperação dos investimentos em carteira: depois das saídas de US$ 4,8 bilhões em janeiro, fevereiro teve entrada líquida de US$ 3,1 bilhões. A emissão de títulos soberanos no exterior colaborou com US$ 2,5 bilhões, enquanto o mercado acionário e fundos de investimento domésticos captaram US$ 1 bilhão. A balança comercial, por outro lado, ficou no vermelho: déficit de US$ 979 milhões, influenciado pela importação de uma plataforma de petróleo de US$ 2,7 bilhões. Com isso, o déficit em transações correntes chegou a US$ 8,8 bilhões no mês e a US$ 70,2 bilhões nos últimos 12 meses. O governo, por sua vez, aposta que a compensação da nova proposta de isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil, que viria de uma alíquota de 10% sobre dividendos enviados ao exterior e de um imposto progressivo para quem ganha acima de R$ 50 mil por mês, não afete os investimentos externos no país. (CNN Brasil)