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A estreia de Branca de Neve, o mais recente remake live-action da Disney, já pode ser considerada um fiasco. O filme arrecadou US$ 43 milhões nos cinemas dos Estados Unidos e US$ 87,3 milhões globalmente, o que o coloca como a pior estreia da Disney para remakes live-action – nem mesmo Dumbo (2019) foi tão mal, e ele já era considerado o maior fracasso do estúdio até agora, com US$ 45 milhões na bilheteria nacional. Apesar das polêmicas que marcaram o lançamento, como as críticas sobre a representação dos sete anões, mudanças no enredo e o boicote relacionado às declarações de Rachel Zegler e Gal Gadot sobre a guerra Israel-Hamas e o ex-presidente Donald Trump, especialistas apontam que o verdadeiro problema foi o cansaço do público com a fórmula saturada dos remakes. As controvérsias ajudaram a piorar a situação, mas não explicam sozinhas o desempenho decepcionante do filme, que teve um orçamento de US$ 250 milhões.

A estreia de Branca de Neve ficou bem abaixo de outros lançamentos recentes da Disney, como A Pequena Sereia, Aladdin, O Rei Leão e A Bela e a Fera, que em seus primeiros finais de semana arrecadaram mais de US$ 100 milhões. A Disney, no entanto, ainda aposta que a força da marca, a falta de concorrência familiar no período e o bom desempenho entre o público feminino – que representou quase 70% da audiência na estreia – podem ajudar o filme a se recuperar aos poucos, assim como aconteceu com Mufasa, a prequela de O Rei Leão. Em termos de retorno financeiro, o filme tem um longo caminho pela frente para ser considerado um sucesso. Mas a Disney sabe que a bilheteira é apenas uma parte da equação. Branca de Neve vai gerar muitos lucros com merchandising e com a presença garantida nos parques temáticos.