Haddad minimiza rejeição no mercado e defende reforma do IR
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou os resultados da pesquisa Genial/Quaest que apontaram um aumento na sua reprovação entre agentes do mercado financeiro. Em entrevista nesta quinta-feira, ele questionou a metodologia do levantamento e comparou os números a uma conversa informal. “Depende de onde você fizer a pesquisa, vai sair de um jeito. Se você consulta 106 pessoas na Faria Lima e chama isso de pesquisa, é dar um nome muito pomposo para algo que deve ter sido feito em 15 minutos”, afirmou Haddad à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A pesquisa revelou que a avaliação negativa do ministro saltou de 24% em dezembro para 58% em março, enquanto sua aprovação caiu de 41% para 10%. O levantamento foi realizado entre os dias 12 e 17 de março com 103 economistas, analistas e tomadores de decisão. Ainda na entrevista, Haddad afirmou que não considera necessária uma recessão para controlar a inflação no país e atribuiu a alta da Selic à gestão anterior do Banco Central, sob o comando de Roberto Campos Neto. O ministro também defendeu a proposta do governo que isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, afirmando que o projeto deve tramitar sem dificuldades no Congresso. “A proposta foi, na minha opinião, muito bem recebida, porque quem vai pagar essa conta é quem hoje não paga Imposto de Renda”, disse. Ele ressaltou que a medida não aumenta a carga tributária, mas sim corrige distorções do sistema. Haddad também rebateu críticas de que a medida teria um caráter populista. Segundo ele, o governo estuda a medida há mais de um ano, atendendo a um pedido do presidente Lula, que teria reforçado que “não faz promessa só para ganhar eleição”. (InfoMoney, Globo e CNN Brasil)