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Copom eleva Selic a 14,25% e sinaliza alta menor na próxima reunião

Em mais uma decisão unânime e conforme previsto pelos analistas, o Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa básica de juros em um ponto percentual, a 14,25% ao ano, e sinalizou que pode fazer um ajuste de menor magnitude na próxima reunião. “Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”, diz o comunicado do Copom. Essa foi a terceira alta seguida nessa magnitude no atual ciclo de aperto monetário, iniciado em setembro passado. A Selic chega a assim ao mesmo nível observado entre o final de julho de 2015 e outubro de 2016, no auge da crise política e econômica que culminou com o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se houver novo aumento na próxima reunião, a Selic alcançará o maior patamar em quase 20 anos. Quanto à magnitude total do ciclo de aperto monetário, o Copom diz que isso será ditado “pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”. E o comitê destacou que segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. “A percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes”, diz o Copom. A estimativa do Copom para o IPCA deste ano teve pequena redução, de 5,2% para 5,1%, acima do teto da meta de 4,5%. (Meio e InfoMoney)

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