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Fernanda Montenegro de volta às telas

Em “Vitória”, Fernanda Montenegro vive uma mulher que desafiou o crime no Rio. Foto: Divulgação

Uma pessoa notável vivida por uma atriz mais que notável. É o que nos oferece a principal estreia nesta quinta-feira, Vitória, de Andrucha Waddington, estrelado por sua sogra, ninguém menos que Fernanda Montenegro. Baseado em fatos reais, o longa conta a história de uma idosa que, inconformada com a criminalidade em seu bairro, passa a filmar pela janela a ação de traficantes na comunidade vizinha com a ajuda de um jornalista. É dele a ideia de usar o pseudônimo Vitória para proteger a identidade dela na série de reportagens mostrando a rotina dos criminosos.

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Ainda em temas (muito) sérios, chega aos cinemas Sem Chão, dirigido por um coletivo palestino-israelense e escolhido melhor documentário no Oscar e no Festival de Berlim. O filme tem como mote a destruição das comunidades palestinas de Masafer Yatta, na Cisjordânia, território palestino ocupado militarmente por Israel desde 1967. Basel Adra, um jovem militante palestino que luta contra a demolição das casas e a expulsão dos moradores, conhece o jornalista israelense Yuval Abraham e descobre um aliado no potencial inimigo. O contraste entre a repressão sofrida por Adra e a liberdade desfrutada por Abraham, ambos diretores do longa, é uma mola mestra da narrativa. O governo de Israel e as organizações que o apoiam, claro, não gostaram nada do filme e de seus prêmios.

Estrelado por Cillian Murphy, vencedor do Oscar por Oppenheimer, Pequenas Coisas Como Estas, aborda de forma ficcional outro tema sombrio. Em 1985, um vendedor de carvão no interior da Irlanda encontra uma mulher brutalizada em uma das Lavanderias de Madalena, instituições mantidas por diversas denominações cristãs – na Irlanda pela Igreja Católica – onde mulheres de “comportamento desviante” eram mantidas enclausuradas e submetidas a maus tratos e trabalhos forçados. A descoberta o fará se confrontar com o próprio passado, a hipocrisia da sociedade e a opressão religiosa. Em tempo: em 2013 o governo irlandês pediu oficialmente perdão às vítimas das Lavanderias de Madalena e determinou uma indenização milionárias às sobreviventes.

Mas também há espaço para beleza. Meio documentário, meio ficção, Loucos por Cinema!, de Arnaud Desplechin, conta a história de cinéfilo Paul Dédalus, álter ego do diretor. Da infância à maturidade, ele cresce e passa por diversas etapas em paralelo ao cinema francês e internacional que tanto o apaixona. Dédalus é, na verdade, cada um de nós, quem algum momento nos deslumbramos com a telona.

Ambientado em Canoa Quebrada (CE), O Melhor Amigo é um romance musical LGBTQUIA+ que gira em torno do arquiteto Lucas. Após uma briga com o namorado, ele viaja sozinho e (acredita) em segredo para a praia cearense, onde encontra o ex-colega de faculdade de antiga paixão Felipe, agora guia turístico e go-go boy. A relação entre os dois fica tórrida até o momento em que o citado namorado aparece de surpresa.

Quem nunca sonhou em prever o futuro? Máquina do Tempo, de Andrew Legge, retrata duas irmãs que, na Inglaterra de 1941, inventam uma máquina capaz de captar transmissões de rádio e TV do futuro. No início, é uma brincadeira hedonista, a chance de viver um estilo de vida literalmente à frente de seu tempo. Logo elas percebem que as informações fornecidas pelo aparelho podem ser decisivas na guerra contra a Alemanha nazistas. O problema, como a ficção científica não cansa de nos alertar, é que mexer com a linha do tempo tem sempre consequências – essas, sim, imprevisíveis.

Kathryn (Cate Blanchett) e George (Michael Fassbender) são um casal perfeito. Apaixonados, felizes e trabalhando no mesmo ramo: a espionagem internacional. Até que um vazamento de informações pode colocar em risco a segurança nacional e milhões de vidas. George é encarregado de investigar o principal suspeito da traição, a própria esposa. Essa é a história de Código Preto, do festejado diretor Steven Soderbergh.

Biopics de cantores são comuns no cinema. Raro é o artista ser interpretado por ele mesmo, como em Better Man – A História de Robbie Williams. A exemplo de Rocket Man, sobre Elton John, este filme faz grande concessões à fantasia, com um uma pegada radical: graças à computação gráfica, Williams aparece o tempo todo como chimpanzé, afinal, em suas próprias palavras, sempre se viu “menos evoluído que as outras pessoas”.

Da Coreia do Sul vem o romance adolescente A Menina dos Meus Olhos, estrelado por dois astros do K-Pop, Jin-young e Da-hyun. Jin faz um rapaz que não entende o fascínio dos amigos pela menina perfeitinha vivida por Da, até se aproximar dela e construírem uma relação de cumplicidade e compreensão. Como se diz água-com-açúcar em coreano?

O que é amizade? O cineasta Cao Guimarães pode não ter a resposta, mas tem um monte de exemplos. Ao longo de décadas ele filmou momentos com seus amigos, em sua maioria artistas como ele. O resultado é Amizade, um mosaico de formatos, de super-8 a gravações em secretárias-eletrônicas (gen-Z, vá ao Google), onde momentos prosaicos se misturam a conversas filosóficas tendo em comum o prazer que pessoas que se gostam têm com a presença uma da outra.

E para a criançada há a animação Deu Preguiça, onde uma família de bichos-preguiça curiosamente ativa vê seu restaurante no interior ser destruído por uma tempestade. Eles se mudam para a cidade onde abrem um food truck, cujo sucesso incomoda a onça dona de uma rede de fast food. A vilã vai usar a filha caçula da família para destruir a concorrência, tudo vai se resolver com amor, união e correria(?!?!).

Confira a programação completa nos cinemas da sua cidade. (AdoroCinema)

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