Com aliança, Brasil barra aposta de Milei e Trump para comandar OEA
O Brasil articulou uma aliança com Chile, Colômbia, Uruguai e Bolívia para apoiar o candidato do Suriname, Albert Ramdin, à secretaria-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). A estratégia diplomática brasileira ampliou o apoio a Ramdin, que também recebeu o respaldo de México, Canadá, Equador e outros países, somando-se aos votos já garantidos no Caribe. Com isso, Ramdin teria 28 apoios, tornando sua candidatura imbatível. Diante desse cenário, o chanceler paraguaio Rubén Ramírez Lezcano, candidato apoiado pela Argentina, El Salvador e cortejado pelos EUA, retirou sua candidatura. Apesar de buscar o apoio de Donald Trump e adotar posicionamentos alinhados aos interesses americanos, como críticas à China e ao Irã, Lezcano não conseguiu reunir votos suficientes. A eleição para o cargo ocorrerá no dia 10 de março. A movimentação brasileira evitou que a OEA fosse comandada por um aliado de governos como os de Javier Milei e de Trump, consolidando uma vitória na diplomacia regional. (UOL)