Para Tarcísio, denúncia da PGR contra Bolsonaro é ‘revanchismo’
Um dos possíveis nomes na disputa à presidência em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou de “revanchismo” e “forçação de barra” a denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) sob acusação de golpe de Estado. “Não faz sentido nenhum, é uma forçação de barra, o que você tem hoje é uma questão de revanchismo”, disse, acrescentando que ouviu os áudios obtidos pela Polícia Federal e que “nada que é apresentado mostra uma conexão”. “Está se criando uma maneira de responsabilizar pessoas que não têm responsabilidade. A gente não pode partir para esse tipo de vulgarização, isso é perigoso, isso cabe para o inimigo público número um hoje, vai caber para o inimigo número um de amanhã”, afirmou. Até então, ele só havia se pronunciado sobre tema nas redes sociais Na última quinta-feira, no Instagram, defendeu o ex-presidente e afirmou que ele “nunca se envolveu com qualquer movimento antidemocrático”. (Folha)
Bela Megale: “Tarcísio tem enfrentado resistências de lideranças do Centrão quando o assunto é a eleição presidencial de 2026. Mesmo sendo visto como um nome competitivo para o pleito contra Lula, há duas críticas recorrentes. A principal delas é que o governador ‘joga muito sozinho’ e não atende aos aliados com cargos e demandas apresentadas. Em paralelo, as lideranças estão vendo o próprio Bolsonaro se afastar de Tarcísio como opção para a Presidência em 2026. Hoje, o caminho que o ex-presidente defende é uma chapa como ele na ponta, mesmo inelegível, e um vice da sua família”. (Globo)
E após o ministro Alexandre de Moraes rejeitar o pedido de extensão do prazo de 15 dias para manifestação da defesa no caso da trama golpista, os advogados de Jair Bolsonaro (PL) solicitaram que o mesmo pedido seja analisado na Primeira Turma ou no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) “já na próxima sessão, com a urgência que o caso demanda, tendo em vista que o prazo exíguo dado para a apresentação da resposta preliminar já está correndo”. As defesas do coronel Marcelo Costa Câmara, do general Walter Braga Netto, do ex-assessor Filipe Garcia Martins e do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques também apresentaram recursos ao Supremo. As defesas alegam que o prazo precisa ser suspenso porque não tiveram acesso a todas as provas da investigação. Os advogados de Bolsonaro querem ter, no mínimo, 83 dias, mesmo tempo usado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para formular a denúncia. (Estadão)