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O bloco Acadêmicos do Baixo Augusta trouxe um tributo a Marcelo Rubens Paiva neste domingo, 23, um gesto de reconhecimento ao escritor de Ainda Estou Aqui, obra que inspirou o filme homônimo. No entanto, a festa se viu interrompida por um momento de violência. Antes do desfile começar, no centro de São Paulo, Paiva, que usava uma máscara de Fernanda Torres (que interpreta sua mãe no filme), foi alvo de agressões. Uma lata de cerveja foi lançada em sua direção, seguida por uma mochila que o atingiu no rosto.

O incidente foi além, quando um outro homem provocou o escritor mostrando o dedo do meio, o que gerou uma tensão no local. Paiva, em sua cadeira de rodas, avançou em direção às grades, e a segurança precisou intervir para acalmar a situação. A homenagem foi interrompida por alguns minutos, mas seguiu sob a condução de Simoninha e da atriz Alessandra Negrini, rainha do bloco.

Apesar do episódio, a festa seguiu o curso de um dos dias mais vibrantes do Carnaval de Rua de São Paulo, que esse ano conta com 601 blocos registrados, atraindo milhões para as ruas. A tarde do domingo, marcada pela concentração do bloco na esquina da Paulista com a Consolação, também foi um tributo à música e ao legado cultural do escritor, com a execução da canção “É preciso dar um jeito, meu amigo”, tema do filme.

Embora Paiva tenha se mostrado surpreso com o ocorrido, sua reação, ao lado de outros artistas como Simoninha e Negrini, não deixou que o incidente ofuscasse a celebração da cultura brasileira e da resistência no Carnaval. Ele, em entrevista à GloboNews, fez questão de refletir sobre o que parecia ser uma agressão injustificada, especialmente considerando sua trajetória de mais de 15 anos participando dos desfiles. A tarde também teve lugar para outra homenagem importante, a Jorge Aragão, com grandes nomes como Yago Oproprio e Otto se unindo no trio.

Veja o momento da agressão:

Vídeo: reprodução/redes sociais.