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A história de Gisèle Pelicot representa um marco crucial na luta contra a violência sexual. Sua coragem ao denunciar os abusos sofridos por dez anos, nos quais foi drogada e estuprada pelo então marido, Dominique Pelicot, e outros homens, incentivou outras vítimas a buscarem justiça. A revista Time reconheceu seu impacto, elegendo-a uma das Mulheres do Ano de 2025. “De certa forma, a mudança já aconteceu. A luta corajosa de Gisèle Pelicot contra a violência sexual abriu uma porta selada pela qual outros sobreviventes agora se sentem livres para passar”, destaca a publicação.

Gisèle descobriu os crimes em 2020, após a prisão de Dominique por importunação sexual. Ele foi detido ao tentar filmar mulheres em um supermercado. A polícia apreendeu seu computador, onde encontrou mais de 20.000 fotos e vídeos de Gisèle dopada sendo estuprada em casa, além de conversas nas quais ele convidava outros homens para os abusos. As investigações indicam que a violência começou em 2011, com Gisèle sendo estuprada ao menos 92 vezes por 72 homens, entre 21 e 68 anos. A Justiça formalizou acusações contra 50 réus, além de Dominique. Os outros 22 abusadores não foram identificados. Todos os 51 homens foram condenados, com penas de 3 a 20 anos, após um julgamento de três meses e meio. Dominique Pelicot recebeu a pena máxima de 20 anos.

“Uma presença diminuta no tribunal de Avignon, vestida com camisas sob medida e cachecóis finos, Gisèle, 72, insistiu em comparecer a todo o julgamento de três meses e ter as imagens horríveis exibidas publicamente diante de seus agressores. Para muitos franceses, ela definiu heroísmo: uma pessoa comum tomando ações extraordinárias”, lembra a revista.

Além de Gisèle, a Time elencou outras 12 mulheres. Confira a lista:

• A’ja Wilson: destaque no basquete feminino;
• Jordan Chiles: referência na ginástica artística.

Artes e Entretenimento:

• Anna Sawai: destaca-se por abrir novos caminhos para a representatividade asiática em Hollywood;
  Laufey: cantora islandesa de jazz que está conquistando as novas gerações e revitalizando o gênero musical;
• Olivia Munn: tem ampliado a conscientização sobre o câncer de mama;
• Nicole Kidman: notável por sua contínua reinvenção e incansável dedicação ao trabalho.

Ativismo e Causas Sociais:

• Amanda Zurawski: voz ativa na luta pelos direitos reprodutivos;
• Fatou Baldeh: ativista na luta contra a mutilação genital feminina;
• Gisèle Pelicot: combatente da violência sexual;
• Purnima Devi Barman: defensora da vida selvagem na Índia;
• Raquel Willis: escritora e ativista pelos direitos das pessoas trans.

Negócios e Filantropia:

• Claire Babineaux: líder no combate à fome nos Estados Unidos;
• Laura Modi: a CEO que combate a escassez de fórmulas para recém-nascidos.