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A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado Federal, projetou um déficit primário de R$ 71 bilhões para 2025, o equivalente a 0,56% do PIB. O dado consta no Relatório de Acompanhamento Fiscal de fevereiro, divulgado nesta quinta-feira. Apesar do rombo, a IFI avalia que a meta fiscal pode ser cumprida dentro da margem de tolerância, desde que haja bloqueios orçamentários ao longo do ano. Mesmo com medidas como a venda de reservas pelo Banco Central, que reduziu a dívida bruta para 76,1% do PIB em dezembro de 2024, a trajetória de longo prazo ainda preocupa. A ausência de reformas estruturais para corte de despesas ou aumento de receitas reforça o cenário desafiador para o próximo ano. Além disso, a inflação pode ultrapassar a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, e os juros devem permanecer elevados, pressionando a economia. O relatório também alerta para o crescimento das despesas fora do orçamento, que devem somar R$ 20,5 bilhões, incluindo programas como o Pé de Meia e o Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais, cuja execução ainda depende de aval do TCU. A aprovação do Orçamento de 2025 foi adiada para março, e o governo e o Congresso devem negociar ajustes no texto nos próximos dias. (Globo)