Café segue batendo recordes de preço, mas demanda segue aquecida
O preço do café arábica, o mais consumido, segue em alta e renovou recordes históricos na última quarta-feira, atingindo R$ 2.769,45 por uma saca de 60 kg, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da USP em Piracicaba. A valorização, que já havia sido expressiva em janeiro, é impulsionada pela baixa oferta global e pela forte demanda interna e externa, apesar dos preços elevados. O clima seco e as altas temperaturas preocupam produtores e podem impactar a safra 2025/26. Ondas de calor entre agosto e outubro de 2024 já afetaram a produção, e os pesquisadores alertam que as condições climáticas nas próximas semanas serão decisivas para a qualidade dos grãos. Além da oferta restrita, o mercado internacional também influencia os preços. O Vietnã, principal produtor de café robusta, enfrenta dificuldades climáticas, reduzindo a disponibilidade do grão e pressionando os preços no Brasil. O cenário levou a uma alta de até 100% nos preços do café em 2024. Para a indústria, a tendência é de ajustes na proporção de arábica e robusta nos blends, uma mistura de diferentes grãos. Além disso, um acompanhamento do café, o açúcar, chegou ao preço mais alto em dois meses, com perspectivas de que a Índia vá diminuir a produção. (g1 e CNN Brasil)