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O ministro do Supremo Tribunal Federal José Dias Toffoli determinou a anulação de todos os atos da Lava Jato contra o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci. A decisão, que não afeta o acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal, baseia-se no entendimento adotado pela Corte em julgamentos anteriores sobre a atuação parcial do Ministério Público e do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) na condução das investigações. O pedido de anulação da defesa de Palocci solicitava a extensão da decisão que beneficiou Marcelo Odebrecht. Para Dias Toffoli, houve conluio entre Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol para prejudicar Palocci, pois os dois tinham interesses políticos com a Lava Jato e combinaram estratégias e medidas contra o ex-ministro. A conclusão se apoia em mensagens apreendidas na Operação Spoofing, que investigou o hackeamento dos perfis de autoridades no Telegram. Ainda segundo o ministro, a articulação entre Moro e Dallagnol fez com que não houvesse “defesa possível” a Palocci, que chegou a ser preso pela Polícia Federal em 2016, por suspeita de ter recebido propina da Odebrecht. Dois anos depois, em delação premiada, ele afirmou que Lula sabia dos supostos esquemas de corrupção na Petrobras. (Carta Capital)