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Queda na aprovação de Lula impulsiona oposição e aquece cenário para 2026

A nova pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira revelou um cenário mais adverso para o governo Lula e animou a oposição. Em dois meses, a aprovação do presidente caiu de 35% para 24%, enquanto a reprovação subiu de 34% para 41%, os piores índices desde o início de seu mandato. Diante desses números, informa a coluna Painel, da Folha, que Jair Bolsonaro e seus aliados intensificaram a convocação para um ato em 16 de março, que deve ter como mote “Fora Lula 2026, anistia já”.

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Bolsonaro, que vinha buscando uma estratégia de aproximação com setores do Centrão para discutir uma possível anistia à sua inelegibilidade, mudou de tom nos últimos dias, retomando ataques ao TSE e às urnas eletrônicas. Sua nova postura coincide com o crescimento das movimentações da extrema direita nas redes sociais, impulsionadas por postagens de figuras como Elon Musk. Apesar da mobilização, aliados reconhecem que a manifestação dificilmente criará condições para um impeachment de Lula. Enquanto isso, a queda na popularidade preocupa o governo, que tenta fortalecer sua base e melhorar a comunicação com a população. Assessores de Lula reconhecem que o desgaste pode dificultar a articulação com partidos para 2026, especialmente diante da incerteza sobre a candidatura do próprio presidente, que evita cravar se disputará um novo mandato.

No campo da oposição, a indefinição sobre um nome forte para 2026 continua. Ministros do governo avaliam que um dos maiores desafios para Lula seria enfrentar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, considerado um adversário competitivo. No entanto, a candidatura do governador dependeria do aval de Bolsonaro, que segue insistindo em manter seu nome no jogo, apesar da inelegibilidade. Outros nomes também tentam se viabilizar, como Ronaldo Caiado e o cantor Gusttavo Lima.

Embora os índices de desaprovação de Lula tenham aumentado, pesquisas indicam que o presidente ainda lidera simulações de segundo turno. Enquanto isso, o Planalto aposta na recuperação econômica e no uso da máquina pública para tentar reverter o desgaste e consolidar apoios. (Folha e Globo)

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