Disparada no preço dos ovos tem explicação em diferentes fatores
O preço dos ovos tem registrado alta diária no atacado nas regiões produtoras e preocupa supermercados, feirantes e consumidores. De acordo com a Abras, Associação Brasileira de Supermercados, a valorização se intensificou desde a segunda quinzena de janeiro.
O preço do ovo em cinco regiões monitoradas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), ligado à Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo), bateu recorde nominal na última semana.
Uma combinação de fatores contribuiu para o aumento. Dentre eles, o de que o ovo de galinha tem sido um substituto para driblar o consumo de carnes, cujo preço está mais caro. Além disso, o período da Quaresma, que vai de 5 de março a 17 de abril, tradicionalmente tem uma demanda maior, já que algumas famílias evitam o consumo de carne vermelha.
Outra razão que pode estar associada à alta dos preços no Brasil é o surto de gripe aviária nos Estados Unidos. Para tentar conter a doença, os produtores norte americanos sacrificaram 41 milhões de aves em janeiro de 2025 e dezembro de 2024. Com isso, caiu a produção interna e cresceu a demanda para o mercado externo.
Algumas redes varejistas dos EUA, país onde o ovo é um item básico do café da manhã, começaram a limitar a quantidade de caixas de ovos que os consumidores podem comprar. Na rede de supermercados Trader Joe’s, cada cliente pode levar apenas uma dúzia por dia. Para lidar com a escassez de ovos nos EUA, alguns consumidores estão indo direto na fonte e comprando ou alugando galinhas para criar em casa. (UOL, NPR, Kake)