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Em resposta à tarifação do aço, Lula ameaça taxar EUA e fazer denúncia na OMC

O presidente Lula rompeu o tom ameno do governo sobre as decisões tarifárias de Donald Trump e afirmou que qualquer taxação de produtos brasileiros nos Estados Unidos, como o aço, pode ter como reação uma taxação de produtos americanos no Brasil. “Enquanto os EUA tiverem relação civilizada e harmônica com o Brasil, está tudo bem. Agora, ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro. Se taxar, vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar na OMC [Organização Mundial do Comércio] ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles. A relação do Brasil com os EUA é muito igualitária. Eles importam US$ 40 bilhões. Nós importamos US$ 45 bilhões”, disse Lula em entrevista à Rádio Clube do Pará. Na segunda-feira, Trump impôs tarifa de 25% sobre aço e alumínio de todos os países. O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA. Na quinta-feira, o americano anunciou tarifas recíprocas a todos os países, o que deve afetar a exportação brasileira de etanol para os americanos, devido a uma taxa de 18% à importação de etanol americano a base de milho. Lula explicou que o relacionamento entre Brasil e EUA é entre Estados, não entre os presidentes. “Não queremos atrito com ninguém. O Brasil não tem contencioso internacional. Queremos paz e tranquilidade. Se o Trump tiver esse comportamento com o Brasil, teremos esse comportamento com os EUA. Agora, se tiver alguma atitude com o Brasil haverá reciprocidade.” (Estadão)

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Já o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, disse que o Brasil pode se unir a outros países em busca de uma solução para fazer frente ao tarifaço americano. “Iríamos para a OMC, mas os EUA, no primeiro mandato de Trump, enfraqueceu essa iniciativa. Então, não funciona. Temos que pensar. Talvez a gente coordene com outros países que são tarifados da mesma maneira”, disse Amorim na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha. E reiterou que o governo tentará negociar, em busca de uma solução. “Negociação é sempre melhor”, destacou, lembrando a necessidade de cumprir e respeitar regras. (Globo)

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