Milei segue Trump, tira Argentina da OMS e critica quarentena na pandemia
Seguindo os passos de Donald Trump, o presidente Javier Miliei anunciou nesta quarta-feira que vai retirar a Argentina da Organização Mundial da Saúde. Os Estados Unidos, maior financiador da OMS, anunciaram no mês passado que deixarão a organização multilateral. A decisão argentina se baseia “nas profundas diferenças em relação à gestão da saúde, especialmente na pandemia” de covid-19, disse o porta-voz da presidência, Manuel Adorni. “Nós, argentinos, não permitiremos que uma organização internacional interfira em nossa soberania, muito menos na nossa saúde”, destacou em coletiva de imprensa. Em comunicado assinado por Milei e divulgado em seguida, o governo argentino afirma que a OMS falhou durante a pandemia. “A OMS foi criada em 1948 para coordenar a resposta às emergências sanitárias globais, mas falhou no seu maior teste. Promoveu quarentenas eternas sem respaldo científico quando teve de combater a pandemia do covid-19”, diz o texto, acrescentando que as quarentenas causaram “uma das maiores catástrofes econômicas da história mundial”. Sem provas, Milei afirma que as decisões da OMS são o resultado de influência política, não sendo baseadas na ciência. “A comunidade internacional precisa urgentemente repensar o propósito das organizações supranacionais, financiadas por todos, que não cumprem os objetivos para os quais foram criadas, se dedicam a fazer política internacional e buscam se impor aos países-membros.” A contribuição da Argentina para o orçamento da OMS no biênio 2022-2023 foi de menos de US$ 9 milhões. (UOL)