Servidores federais dos EUA relatam clima de perseguição sob Trump
Funcionários públicos federais dos Estados Unidos dizem viver um verdadeiro “estado de sítio” com as novas medidas adotadas pelo presidente Donald Trump. Relatos de temor e angústia se espalharam após uma série de decretos que atingem diretamente o setor público. Muitos servidores passaram a se comunicar apenas por celulares pessoais, temendo monitoramento interno. Uma das mudanças mais impactantes é a oferta de um programa de demissão voluntária, no qual funcionários podem deixar seus cargos até 6 de fevereiro em troca de oito meses de indenização. A proposta, elogiada por Elon Musk, foi enviada a cerca de dois milhões de servidores. Paralelamente, Trump determinou o fim do trabalho remoto, congelou novas contratações e eliminou programas de diversidade e inclusão. Um e-mail interno ainda instruiu funcionários a denunciarem colegas que participem de atividades ligadas a esses programas. Enquanto alguns afirmam que a situação reforça sua determinação de permanecer, outros descrevem o momento como “brutal”. O número de funcionários federais nos EUA gira em torno de três milhões desde os anos 1970, e não costuma ter grandes alterações no total de servidores. (Globo)