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A Receita Federal disse ter registrado uma queda de 11% no volume de compras internacionais feitas por brasileiros em 2024, totalizando 187,12 milhões de encomendas contra 209,58 milhões em 2023. Apesar disso, a arrecadação com impostos de importação cresceu 40,7%, atingindo um recorde de R$ 2,98 bilhões. O aumento da tributação foi impulsionado pela alíquota de 20% aplicada às compras de até US$ 50, instituída pelo governo em agosto, além do ICMS estadual, que subirá para 20% em abril. Com a disparada do dólar, que subiu 27% no último ano, o valor total das importações por meio de remessas internacionais também cresceu, alcançando R$ 16,6 bilhões em 2024, contra R$ 6,4 bilhões no ano anterior. O programa Remessa Conforme, que regulariza as compras internacionais, representou 91,5% das importações no período. Empresas como Shein e AliExpress criticaram a alta da carga tributária, que pode chegar a 50% com o novo ICMS, argumentando que o impacto será maior para consumidores de baixa renda. Já o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho, defendeu a taxação como um passo para a isonomia tributária, destacando que produtos nacionais enfrentam carga de até 90%. (g1)