Governo Lula avalia novo pacote de corte de gastos após eleição no Congresso
O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Hadda, estariam estudando anunciar um novo pacote de medidas para conter gastos públicos, mas apenas após a eleição para as presidências da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro. A estratégia busca acalmar o mercado e consolidar a governabilidade em meio a um cenário de dólar ainda alto, inflação crescente e desconfiança de investidores. Entre as ações em discussão estão um pente-fino nos programas sociais, com destaque para o Bolsa Família; uma revisão de benefícios concedidos a militares, embora com impacto mais simbólico que prático; e uma possível minirreforma na Previdência, incluindo mudanças nas regras de aposentadoria das Forças Armadas. Apesar das especulações, o governo ainda não estimou os efeitos econômicos de cada medida, priorizando, neste momento, a análise do custo político envolvido. Outra possível mudança em análise é a retirada de Geraldo Alckmin (PSB) do comando do Ministério da Indústria e Comércio, como parte de uma reforma ministerial para dar um tom mais moderado e atrair o centro político. Lula e Alckmin dividiriam protagonismo em eventos, buscando ampliar o apelo do governo junto a setores que ainda resistem à atual gestão. Alckmin, no entanto, tem manifestado disposição em continuar no cargo, sendo elogiado por lideranças industriais pela condução eficiente de políticas voltadas ao setor. Em meio às especulações, a Fazenda emitiu uma nota desmentindo informações que davam conta de um anúncio iminente de medidas fiscais. “O Ministério da Fazenda informa que não procede a informação e que não há, portanto, anúncio previsto. Importante ressaltar que notícia semelhante já foi desmentida há cerca de um mês”, rebate a nota. (Poder360 e Meio)