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Horas antes de acompanhar a posse de Donald Trump, o presidente argentino Javier Milei afirmou, em Washington, que fortalecer a aliança econômica com os Estados Unidos será uma prioridade em sua gestão. Em discurso no Instituto Milken, Milei destacou a intenção de promover um acordo de livre comércio entre os dois países, algo que, segundo ele, “deveria ter acontecido há duas décadas”. A estratégia do governo argentino coloca em xeque sua posição no Mercosul, que proíbe acordos bilaterais sem o consenso dos demais membros. Milei já havia classificado o bloco regional como uma “prisão” que limita o progresso econômico do país, reafirmando essa visão em encontros recentes. O chanceler Gerardo Werthein e o secretário de Relações Econômicas Internacionais, Luis María Kreckler, estão conduzindo os esforços para avançar na negociação com os EUA. A decisão do governo argentino de unificar, por questões orçamentárias, sua representação no Mercosul com a embaixada em Montevidéu também gerou críticas de opositores, que enxergam a medida como parte de um movimento para enfraquecer o bloco. Por outro lado, o governo brasileiro sinalizou abertura para negociar um acordo comercial com os EUA dentro do Mercosul, mas mostrou ceticismo sobre o alinhamento com a política protecionista de Donald Trump, que já anunciou intenção de elevar tarifas comerciais. (La Nacion)