Trump pode declarar emergência nacional na fronteira com México e energética
Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, planeja uma série de ações executivas para intensificar o controle migratório. Entre as medidas, estão a declaração de emergência nacional na fronteira, o envio de mais militares, a retomada da construção do muro e o retorno da política “Permanecer no México”, que obriga solicitantes de asilo a aguardarem no país vizinho. Trump também quer acabar com a cidadania por nascimento para filhos de imigrantes em situação irregular, atualmente garantida pela 14ª Emenda da Constituição. A proposta exige que ao menos um dos pais seja cidadão americano ou residente permanente para que a criança tenha cidadania automática, o que deve gerar fortes disputas judiciais. Além disso, Trump pretende suspender por seis meses as admissões de refugiados, retomando a linha adotada em seu primeiro mandato, quando reduziu o teto de refugiados para 15 mil — o menor da história americana. Outra iniciativa prevista é designar cartéis de drogas e gangues envolvidas no tráfico humano como organizações terroristas, retomando uma ideia apresentada em 2019 e que havia sido pausada a pedido do governo mexicano. (InfoMoney)
Além disso, Donald Trump, deve anunciar, logo após sua posse, a declaração de “emergência energética nacional”. A medida busca impulsionar a produção de energia no país, incluindo novas perfurações para petróleo no Alasca e no Oceano Ártico, áreas anteriormente protegidas por políticas ambientais da administração de Joe Biden. Segundo a equipe de transição, o objetivo é reduzir a burocracia e os custos de produção energética, beneficiando consumidores e fortalecendo a segurança nacional. Trump tem defendido uma política agressiva de exploração energética, resumida em seu slogan “drill, baby, drill” (“perfure, baby, perfure”, em tradução livre). Apesar de os Estados Unidos já estarem entre os maiores produtores de energia do mundo, o republicano acredita que uma produção ainda maior pode reduzir custos internos de combustíveis e eletricidade. No entanto, especialistas alertam que um aumento na produção doméstica de petróleo não garante queda nos preços globais, já que outros países produtores podem reduzir sua oferta para controlar o mercado. (Bloomberg)