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Donald Trump irá apresentar um memorando que define as diretrizes para sua política comercial nesta segunda-feira, durante a posse, mas não vai impor, por ora, novas tarifas. Segundo informações do Wall Street Journal, o documento orienta as agências federais a analisarem déficits comerciais, práticas injustas de comércio e manipulação cambial, com destaque para as relações dos EUA com China, Canadá e México. De acordo com assessores de Trump, o memorando não introduz tarifas neste momento, aliviando os temores de parceiros comerciais que esperavam medidas mais duras logo de início. No entanto, o texto serve como base para ações futuras, permitindo que Trump tome decisões mais concretas sobre tarifas e outras medidas de proteção comercial. O memorando solicita, por exemplo, uma análise do cumprimento da China ao acordo comercial da “Fase Um”, firmado em 2020, e a avaliação do impacto do Acordo Estados Unidos-México-Canadá, sucessor do Nafta, cuja revisão está prevista para 2026. A possível criação de uma nova agência federal para arrecadação de tarifas também está sendo avaliada. A decisão de não implementar tarifas imediatas reflete o embate dentro da equipe de transição de Trump. Enquanto nomes mais moderados, como o indicado ao Tesouro, Scott Bessent, sugerem medidas graduais e setoriais, conselheiros mais protecionistas, como Stephen Miller, pressionam por ações mais drásticas, incluindo a declaração de emergência nacional para ampliar os poderes tarifários do presidente, o que ainda não está descartado. (Wall Street Journal)