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Mesmo com críticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sobre tarifas comerciais, o Brasil é “solução” e não “problema” para os norte-americanos. Quem afirma é o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em entrevista ao Valor Econômico. Ele destacou que o Brasil compra mais dos EUA do que vende, o que fortalece as relações comerciais entre os dois países e minimiza possíveis chances de retaliações. O fluxo comercial atingiu quase US$ 80 bilhões em 2024, com superávit para os americanos. Trump, no entanto, disse recentemente que o Brasil “cobra muito” dos Estados Unidos, o que gerou questionamentos sobre a possibilidade de tensões futuras. Ainda assim, Alckmin acredita que a balança comercial é mutuamente vantajosa e diversificada, e há “uma avenida de possibilidades” para aprofundar a relação entre os dois países. Para Alckmin, há grandes oportunidades de parceria em áreas como inteligência artificial, energia renovável, minerais críticos e semicondutores. Ele reforçou o papel do presidente Lula como um “homem do diálogo”, destacando que Lula já teve boa relação com o ex-presidente republicano George W. Bush em seus mandatos anteriores. Sobre Trump, Alckmin avaliou que o agora presidente eleito estaria mais experiente e que isso poderia suavizar sua postura em áreas como política migratória e comercial. Sobre o papel do Brasil no cenário global, Alckmin afirmou que o país é protagonista em temas como segurança alimentar, energética e climática. Para ele, a relação com os EUA, um dos maiores investidores no Brasil, continuará sendo um “ganha-ganha”. (Valor)