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A revogação da medida da Receita Federal que ampliava a fiscalização sobre transações financeiras com Pix foi decidida pelo presidente Lula, marcando uma derrota para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A apuração é do Estadão. O recuo ocorreu em meio à constatação de que o governo havia perdido a batalha da comunicação, enquanto fake news sobre uma suposta taxação do Pix se espalhava rapidamente. A crise coincidiu com troca de comando na Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), comandada agora por Sidônio Palmeira. Em resposta ao avanço da desinformação, o Banco Central também entrou nas redes sociais, adotando uma linguagem descontraída no estilo TikTok para desmentir os boatos, mas a repercussão, em geral, não foi boa. Vídeos como o do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que acusava o governo de planejar a taxação, alcançaram centenas de milhões de visualizações. No Palácio do Planalto, ministros e assessores atribuíram o dano à falta de um sistema eficaz de monitoramento e resposta nas redes sociais. Após uma reunião de emergência, Lula determinou ações para fortalecer a comunicação digital do governo. Sidônio Palmeira, por sua vez, prometeu acelerar a implementação de novas estratégias, incluindo uma licitação para serviços digitais que foi recentemente liberada pelo TCU. Embora parte dos aliados critique o recuo como um sinal de fraqueza, a avaliação geral no governo foi de que a medida era necessária para conter os danos. (Estadão)