Ações da Azul disparam após memorando sobre fusão com a Gol
As ações da Azul literalmente decolaram nesta quinta-feira após a divulgação, na noite antes de um memorando de entendimento entre ela e a Abra, controladora da Gol, que pode levar a uma fusão das duas companhias aéreas. Na máxima, os papéis da Azul chegaram a R$ 4,95, elevando o valor de mercado da empresa a R$ 1,55 bilhão, o maior desde dezembro do ano passado. Segundo Manuel Irarrázaval, principal executivo financeiro da Abra, a eventual nova empresa terá cerca de 60% de participação do mercado doméstico. A operação, no entanto, dependerá da conclusão do processo de reestruturação da Gol, que está em recuperação judicial nos EUA. Analistas avaliam que a fusão deve ser aprovada pelos órgãos reguladores, como o Cade e a Anac, com a imposição de algumas restrições para preservar a concorrência. (Valor)
Apesar da esperada concentração do mercado na empresa resultante da fusão, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que união de Azul e Gol não deve implicar aumento nos preços das passagem aéreas. Na avaliação dele, as duas companhias já controlam o mercado, e seria pior “se elas quebrassem”. “O Brasil tem uma dificuldade que também acontece isso no mundo. É exemplo da TAP em Portugal, que domina quase 100% do mercado. Hoje está tendo uma fusão no mundo de grandes companhias aéreas”, afirmou Costa Filho. (Poder360)