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Nosso caipira favorito, agora em carne e osso

Isaac Amendoim (com a claquete) encabeça o elenco do primeiro longa de Chico Bento. Foto: Fábio Braga / Divulgação

Em 1914, Monteiro Lobato criou, em um conto publicado no Estado do S. Paulo, o Jeca Tatu, uma visão crítica do homem do interior de São Paulo e Minas, sempre descalço, pouco limpo e com um linguajar peculiar. Em 1961, Maurício de Souza deu um banho de simpatia nesse estereótipo com o menino Chico Bento, inspirado em seu tio-avô. Agora, o pequeno caipira favorito do Brasil ganha carne e osso na interpretação de Isaac Amendoim no longa Chico Bento e a Goiabeira Maravilhosa, de Fernando Fraiha, que chega nesta quinta-feira aos cinemas. O menino, devidamente calçado, arregimenta sua turma para evitar que a construção de uma estrada arranque sua goiabeira de estimação – nas terras alheias, claro. Se repetir a qualidade dos longas da Turma da Mônica, teremos o terceiro blockbuster nacional consecutivo – após Ainda Estou Aqui e O Auto da Compadecida 2.

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Nicole Kidman quase levou o Globo de Ouro (#teamfernanda!) por seu papel em Babygirl, thiller erótico escrito e dirigido por Halina Reijn para a produtora A24. Ela é Romy, uma executiva que chegou ao posto de CEO de uma grande empresa e tem uma família supostamente perfeita com o marido (Antonio Banderas). Até se envolver em um caso com um estagiário muito mais novo que brinca perigosamente com sua necessidade de controle. “É só eu fazer uma ligação, e você perde tudo”, provoca o rapaz.

O Irã e suas contradições são o tema de duas produções que estreiam nesta semana. A Semente do Fruto Sagrado, de Mohammad Rasoulof, gira em torno de um recém-promovido juiz que se vê às voltas com a comoção provocada pela morte de uma jovem – qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. A pressão imposta pelo trabalho dentro do regime e a própria paranoia levam tensão à relação dele com a família, especialmente a esposa e as filhas.

Meu Bolo Favorito, de Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha, trata do dia a dia iraniano de uma forma mais sutil. A viúva Mahin, de 70 anos, fica sozinha na casa em Teerã após a filha migrar para a Europa. Sua vida sem graça começa a mudar quando ela conhece o taxista Faramarz, um solitário como ela, abrindo a possibilidade de um relacionamento maduro em um ambiente em que os desejos femininos são sistematicamente negados.

Desejos também são o tema do brasileiro Baby, de Marcelo Caetano. O personagem-título é um jovem recém-saído de uma instituição para infratores que se vê envolvido no mundo da prostituição masculina. Ronaldo, um garoto de programa experiente vai tomá-lo como protegido e ensinar a vida nesse meio, num relação ao mesmo tempo de exploração e proteção.

Em 1979 o ditador da Coreia do Sul, Park Chung-hee, foi assassinado após quase 20 anos no poder, o que mergulhou o país no caos. Esse é o pano de fundo para 12.12: O Dia, de Sung-su Kim, no qual diferentes forças políticas e miliares travam uma disputa nem um pouco limpa para decidir quem comandaria os destinos da nação. Alerta de spoiler: os militares venceram e mantiveram uma ditadura sangrenta até 1987.

Ainda na Coreia, os fãs de K-Pop vão dar cambalhotas com o documentário RM: Right People, Wrong Place, que retrata o cantor Kim Namjoon, o RM do grupo BTS, no período que antecedeu sua convocação pelo Exército sul-coreano e durante a gravação de seu segundo álbum solo, que tem o mesmo nome do filme.

Por fim, Peça Por Peça – Uma História De Pharrell Williams leva para o campo das cinebiografias a mania de animações com peças de Lego (por CGI, evidentemente). O cantor americano não queria um biopic tradicional e viu nos bloquinhos coloridos uma forma de contar sua história de uma forma explicitamente fantasiosa.

Confira a programação completa nos cinemas da sua cidade. (AdoroCinema)

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